Investing.com - A produção industrial brasileira registrou em março queda de 0,1% na comparação com fevereiro, na série com ajuste sazonal, após variar 0,1% no segundo mês do ano. Desconsiderando o ajuste, em relação a março de 2017, a indústria avançou 1,3% em março, 11ª taxa positiva consecutiva e a menor desde junho de 2017 (0,8%). Os números foram divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No acumulado do ano, o setor acumula ganhos de 3,1% e de 2,9% considerando os últimos 12 meses. Este último acumulado repetiu o resultado de fevereiro e permaneceu o mais elevado desde junho de 2011 (3,6%), seguindo na trajetória ascendente iniciada em junho de 2016 (-9,7%).
O IBGE destaca que com esse resultado, a produção industrial encontra-se 15,3% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011. Já a média móvel trimestral registra queda de 0,7%.
No decréscimo de 0,1% da atividade industrial, na passagem de fevereiro para março de 2018, 14 dos 26 ramos pesquisados mostraram taxas negativas, com destaque para os recuos registrados por bebidas (-3,6%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-4,2%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-4,2%), produtos de metal (-3,2%), produtos de madeira (-6,1%) e artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (-2,7%). Vale ressaltar que, com exceção das duas primeiras atividades que também apontaram resultados negativos no mês anterior, as demais haviam mostrado taxas positivas em fevereiro de 2018: 1,1%, 2,6%, 2,6% e 3,9%, respectivamente.
Por outro lado, entre os doze ramos que ampliaram a produção nesse mês, os desempenhos de maior importância para a média global foram assinalados por indústrias extrativas (3,9%) e perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (4,7%), com o primeiro devolvendo parte do recuo de 5,2% verificado no mês anterior; e o último apontando o segundo resultado positivo consecutivo e acumulando expansão de 11,0% nesse período.