Por Suban Abdulla
LONDRES (Reuters) - O Reino Unido terá o maior crescimento econômico entre as principais economias da Europa neste ano, de acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), em um impulso para a ministra das Finanças, Rachel Reeves, que está sob pressão desde que seu Partido Trabalhista chegou ao poder em julho do ano passado.
O FMI elevou nesta sexta-feira sua previsão para o crescimento britânico neste ano em 0,1 ponto percentual, para 1,6%, tornando-o o terceiro mais forte entre as economias do G7, depois de Estados Unidos e Canadá.
A perspectiva do FMI para o crescimento do Produto Interno Bruto britânico em 2026 permaneceu em 1,5%, novamente a terceira melhor marca do G7 e inalterada em relação à estimativa de outubro.
Em resposta à atualização para 2025, Reeves disse que pretende "ir mais longe e mais rápido" para proporcionar o crescimento econômico.
O Banco da Inglaterra previu um crescimento de 1,5% em 2025, refletindo, em parte, um impulso de curto prazo para a economia decorrente de um aumento temporário nos gastos públicos anunciado por Reeves em 30 de outubro.
No mês passado, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) também elevou sua previsão para o crescimento econômico britânico, de 1,2% para 1,7%.
Entretanto, os planos de gastos de Reeves se baseiam nas previsões do Escritório de Responsabilidade Orçamentária, que previu uma expansão de 2% para 2025 e de 1,8% para 2026.
Reeves - cujo futuro tem sido questionado pelos parlamentares da oposição - reiterou suas decisões orçamentárias nesta sexta-feira, dizendo que elas foram tomadas no interesse nacional para colocar as finanças públicas de volta em "uma base firme".
A economia do Reino Unido estagnou no terceiro trimestre de 2024, quando a incerteza sobre o orçamento do governo trabalhista atingiu as empresas, com o Banco da Inglaterra estimando que o crescimento foi nulo também no último trimestre de 2024.