PEQUIM (Reuters) - As reservas cambiais chinesas caíram em 15,54 bilhões de dólares em julho, para 3,104 trilhões de dólares, mostraram dados do banco central nesta quarta-feira, enquanto o iuan permanecia sobre pressão em meio ao aumento das tensões comerciais com os Estados Unidos.
Economistas consultados pela Reuters esperavam que as reservas do país, as maiores do mundo, caíssem em 18 bilhões de dólares, para 3,101 trilhões de dólares.
A queda em julho -- a segunda redução mensal deste ano --deve-se a mudanças nas taxas de câmbio e preços dos ativos que a China detém em suas reservas, disse o regulador de câmbio em um comunicado após a divulgação dos dados.
A China conseguiu manter as saídas de capital sob controle no ano passado, apesar da intensa guerra comercial com os EUA e do enfraquecimento econômico interno. As reservas se recuperaram de uma mínima em outubro de 2018 graças aos controles de capital e ao aumento dos investimentos estrangeiros em ações e títulos chineses.
Mas a pressão de baixa sobre o iuan está aumentando depois que o banco central deixou a moeda passar do nível de 7 por dólar na segunda-feira, e a moeda caiu para mínimas de 11 anos.
O governo dos EUA passou a denominar a China como manipuladora de moeda após o ocorrido.
A China buscará a diversificação de suas reservas cambiais de maneira firme e prudente, disse o órgão regulador do câmbio em julho.
(Por Kevin Yao)