👀 Não perca! As ações MAIS baratas para investir agoraVeja as ações baratas

Revisões da Anfavea reforçam pessimismo sobre economia, dizem analistas

Publicado 07.07.2014, 18:45
Revisões da Anfavea reforçam pessimismo sobre economia, dizem analistas

Por Bruno Federowski e Tiago Pariz

SÃO PAULO (Reuters) - A drástica revisão para baixo das estimativas para o desempenho do setor automotivo reforça o cenário pessimista para a indústria e a economia brasileira neste ano, disseram analistas consultados pela Reuters nesta segunda-feira.

Mas as novas estimativas da associação das montadoras de veículos (Anfavea) para a produção e venda de veículos em 2014 não devem levar os economistas a rever suas estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB), uma vez que a previsão de um fraco desempenho do setor já tinha sido incorporada em seus cálculos.

A Anfavea reduziu nesta segunda-feira a previsão de produção de veículos do Brasil em 2014 para queda de 10 por cento, maior tombo na produção desde 1998. A previsão anterior, publicada no início do ano, era de alta de 1,4 por cento.

"Eu duvido que alguém estivesse muito otimista para esse segmento neste ano", resumiu a economista-chefe da XP Investimentos, Zeina Latif, lembrando que as instituições financeiras costumam atualizar suas estimativas com frequência maior do que as próprias montadoras. A indústria automobilística responde por cerca de 25 por cento do PBI industrial.

A projeção da Anfavea apenas reforça o que analistas já esperavam para o setor, que vem sinalizando fragilidade desde março. O economista-chefe da consultoria LCA, Bráulio Borges, já projetava contração de 8,5 por cento no ano de 2014.

"Essa revisão da Anfavea é mais uma adequação do que uma verdadeira mudança na perspectiva", afirmou ele.

Ainda assim, a projeção da associação reforça o quadro pessimista do setor automotivo neste ano e sustentam os temores de que isso afetará a atividade como um todo, apesar das medidas implementadas pelo governo para tentar estimular a indústria.

O governo federal anunciou na semana passada a prorrogação até o fim de 2014 das alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre automóveis, que deveriam ter subido no início deste mês.

"Os números são significativos porque é um setor com cadeia bem longa que acaba influenciando o ciclo da atividade econômica", afirmou o economista-chefe da Austing Ratings, Alex Agostini. "Os dados Anfavea não mudam só reafirmam o cenário que não é nada favorável ao setor", emendou.

Nesse quadro, economistas têm reduzido repetidamente suas projeções para a produção industrial e o crescimento econômico. Segundo a pesquisa Focus do Banco Central, a expectativa é que a economia brasileira cresça apenas 1,07 por cento neste ano e a indústria feche o ano com recuo de 0,67 por cento.

"Nós já vínhamos trabalhando com projeções menos otimistas para o setor automotivo e para a industria como um todo porque os dados de maio já vinham mostrando uma situação muito complicada", disse a economista-chefe da Rosenberg & Associados, Thais Zara, que prevê crescimento da economia de 1,4 por cento e de estagnação da indústria neste ano.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.