A diretora do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Michelle Bowman, reiterou nesta terça-feira, 24, que considera apropriado um ritmo mais lento de cortes nos juros americanos para evitar preocupações sobre o estado da economia ou um relaxamento demasiado das condições financeiras no país. A dirigente afirmou que mantém postura cautelosa e dependente de dados, em discurso preparado para a Convenção Anual da Associação de Bancários de Kentucky.
Bowman comentou que, ao divergir de seus colegas do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, em inglês), levou em conta estes riscos, dados recentes e temores de que investidores passassem a esperar que o ritmo de cortes de 50 pontos-base continuasse a ser aplicado nas próximas decisões do BC americano.
Na visão dela, a economia americana permanece forte e núcleo da inflação segue "desconfortavelmente" acima da meta de 2%, enquanto o mercado de trabalho está apenas em processo de normalização.
"Concordo que é necessário flexibilizar a política monetária para nível neutro, mas preferi corte menor e defendo ritmo mais lento na redução de juros para que possamos atingir nossas metas", afirmou Bowman, reforçando que não há "trajetória predefinida" para as taxas norte-americanas.