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Serviços no RS tiveram queda de 13,6% na receita nominal, diz Rodrigo Lobo, do IBGE

Publicado 12.07.2024, 09:53
Atualizado 12.07.2024, 13:10
© Reuters Serviços no RS tiveram queda de 13,6% na receita nominal, diz Rodrigo Lobo, do IBGE
IBRA
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As inundações no Rio Grande do Sul derrubaram a receita nominal do setor de serviços no Estado, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) apurados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Porém, por uma oscilação extraordinária em um deflator da pesquisa, o volume de serviços prestados ficou positivo na região.

"De maneira geral, os serviços presenciais ficaram prejudicados. O aeroporto de Porto Alegre ficou fechado", frisou Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa do IBGE, acrescentando que houve perdas, em geral, no transporte de cargas e nos serviços prestados às famílias na região.

Os serviços tiveram uma queda de 13,6% na receita nominal no Rio Grande do Sul em maio ante abril, mas o volume de serviços prestados cresceu 0,6% no período.

O IBGE explica que o resultado do volume ficou contaminado pela queda de 86,18% no preço do subitem pedágio apurado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio. O subitem é usado como deflator da receita nominal das concessionárias de rodovias e, em combinação com o subitem óleo diesel, também deflaciona o resultado do transporte rodoviário de cargas.

"Vale destacar que várias concessionárias de rodovias interromperam as cobranças de tarifas no Rio Grande do Sul, visando a facilitar o deslocamento de veículos que transportavam donativos ou que estivessem envolvidos em operações de resgate de vítimas das enchentes no Estado", justificou o IBGE.

Lobo ressalta que essa queda brusca nos preços dos pedágios acabou acarretando um aumento do volume de serviços prestados no Estado. Segundo ele, a melhor forma no momento de mensurar o impacto das enchentes no Rio Grande do Sul é olhar a receita nominal em maio e acompanhar o comportamento de preços de deflatores nos próximos meses.

O pesquisador frisa que a normalização dos preços de pedágios vai pressionar, via deflator, o volume de serviços no Rio Grande do Sul em junho, especialmente nos ramos de concessionárias de rodovias e transporte de cargas.

"Vamos avaliar melhor o impacto quando o distúrbio no nível de preços estiver exaurido", afirmou. "O resultado de 0,6% (alta no volume em maio) fica contaminado por uma distorção no nível de preços".

Após a queda em maio, o IPCA de junho mostrou que o subitem pedágio teve uma elevação de preços de +358,36%.

Na comparação com maio de 2023, o volume de serviços prestados no Rio Grande do Sul caiu 5,4% em maio de 2024.

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