(Reuters) - O crescimento do setor manufatureiro da China arrefeceu um pouco em julho, enquanto a demanda externa por produtos chineses diminuiu, mas um impulso na infraestrutura liderado pelo governo manteve a construção em alta e ajudou a sustentar a segunda maior economia do mundo.
O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) permaneceu acima da marca de 50 pontos que separa o crescimento da contração pelo 12º mês consecutivo, já que a China colocou fundos para incentivar o setor de construção, que aumentou a demanda por todos os itens, de cimento a aço e outros materiais de construção.
Mas o amplo consenso entre os analistas da China é de que o crescimento econômico vai arrefecer nos próximos meses, uma vez que um controle do governo para evitar riscos financeiros aumenta os custos dos empréstimos para as empresas.
O PMI oficial ficou em 51,4 em julho, informou o escritório nacional de estatísticas, abaixo de 51,7 do mês anterior e um pouco inferior à previsão de 51,6 em uma pesquisa da Reuters.
Os pedidos de exportação, que ajudaram as fábricas chinesas a apresentar uma forte recuperação em junho, diminuíram este mês, com os fabricantes relatando uma diminuição da demanda externa. A produção industrial geral aumentou menos rapidamente em relação a junho.
Os pedidos de exportação caíram para 50,9 em julho, de 52,0 em junho, ajudando a arrastar o índice de pedidos gerais para 52,8, de 53,1.
O crescimento no setor de serviços da China também diminuiu ligeiramente em julho, mas manteve-se em níveis robustos.
O PMI caiu para 54,5, de 54,9 em junho, mas manteve-se bem acima da marca de 50 pontos que separa o crescimento da contração mensalmente.
O setor de serviços representou mais da metade da economia da China no ano passado, pois o aumento dos salários dá aos consumidores chineses a oportunidade de comprar, viajar e comer mais.
(Por Ryan Woo e Elias Glenn)