O setor público consolidado –formado por União, Estados, municípios e estatais– registrou superavit primário de R$ 102,1 bilhões em janeiro. Esse foi o maior saldo positivo mensal em valores nominais nas contas públicas da série histórica, iniciada em 2001.
O BC (Banco Central) divulgou os dados nesta 5ª feira (7.mar.2024).
O resultado primário é formado pelo saldo das receitas contra as despesas, excluindo o pagamento dos juros da dívida.
O superavit primário subiu 3,2% em comparação com janeiro de 2023, quando havia sido de R$ 99 bilhões.
O desempenho positivo foi puxado pelo governo central, que teve superavit de R$ 81,3 bilhões nas contas. Os governos regionais (Estados e municípios) tiveram saldo positivo de R$ 22,5 bilhões. As estatais tiveram deficit de R$ 1,7 bilhão.
Em 12 meses, o setor público consolidado registrou deficit primário de R$$ 246 bilhões, o que equivale a 2,25% do PIB (Produto Interno Bruto). É 0,04 ponto percentual a menos que o registrado em dezembro de 2023.
JUROS DA DÍVIDA
Ao considerar o pagamento dos juros da dívida, o setor público consolidado registrou superavit nominal de R$ 22,2 bilhões em janeiro. Pagou R$ 79,9 bilhões em dívida no mês, valor que é R$ 27,6 bilhões a mais que em janeiro de 2023.
Por esse motivo, apesar do saldo primário do setor público ter sido recorde, o superavit primário foi o menor para o mês desde 2021.
Em 12 meses, o deficit nominal somou R$ 991,9 bilhões, o que representa 9,06% do PIB. O rombo nas contas havia sido de R$ 967,4 bilhões em dezembro de 2023.
DÍVIDA BRUTA
A DBGG (Dívida Bruta do Governo Geral) subiu para 75% do PIB em janeiro. Aumentou 0,7 ponto percentual em relação a dezembro. Em valores, corresponde a R$ 8,2 trilhões.