Na região metropolitana de São Paulo, aumentou para 37,6% a proporção de comerciantes varejistas que apontam que seus estoques estão acima do adequado em janeiro, alta de 7,7 pontos percentuais em comparação ao mesmo período de 2015, segundo dados divulgados hoje (20) pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
Em janeiro, caiu o percentual de empresários que disseram estar com os estoques em situação adequada, que passou de 46,4% em dezembro de 2015 para 45,3% em janeiro. Os dados mostram ainda que os empresários com estoque abaixo do adequado passou de 16,1% para 16,9% no mesmo período.
De acordo com a FecomercioSP, as vendas de Natal ficaram abaixo do esperado, o que levou a um número maior de empresários com estoques elevados. A expectativa do setor era de que as liquidações do início do ano fossem suficientes para reduzir os estoques, "porém, tudo indica que isso não acontecerá no curto prazo". "Não esperamos uma retomada do crescimento, mas acreditamos que provavelmente os empresários começaram o ano com uma noção mais clara da gravidade e da duração dessa crise, que tende a aumentar ainda mais o desemprego e, assim, atingir também o consumo paulistano”, diz a FecomércioSP.
Com o desequilíbrio nos estoques, os empresários varejistas têm reduzido os pedidos a fornecedores e produtos de segmentos de supermercados, vestuário, tecidos e calçados têm sido mais controlado "para garantir maior giro e menor custo de carregamento desses estoques", segundo a entidade.
O Índice de Estoque (IE) da Fecomércio, que avalia o nível de adequação dos estoques, atingiu 90,8 pontos em janeiro deste ano, recuo de 15,4% na comparação com janeiro de 2015, quando o indicador ficou em 107,4 pontos.
O indicador capta a percepção dos comerciantes sobre o volume de mercadorias estocadas nas lojas e varia de zero (o que indica inadequação total) a 200 pontos (adequação total). A marca dos 100 pontos é o limite entre inadequação e adequação.