Madri, 22 jan (EFE).- O número de desempregados na Espanha caiu em 477.900 pessoas em 2014 para 5.457.700 e a taxa de desemprego ficou em 23,7% da população ativa, um ponto abaixo das previsões do Governo.
Segundo a Pesquisa de População Ativa (EPA, em espanhol) publicada hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), nos últimos 12 meses o emprego cresceu em 433.900 vagas, 2,53%.
No entanto, no quarto trimestre do ano, o número de desempregados subiu em 30.100 pessoas em relação ao trimestre anterior, variação de 0,55%.
Também no último trimestre, a ocupação aumentou em 65.100 pessoas em relação aos três meses anteriores, para 17.569.100, o que representa o primeiro aumento em um quarto trimestre desde 2006.
No último ano o emprego subiu em serviços (344.200 ocupados mais), em indústria (98.000) e em construção (40.000). Ao contrário, caiu em agricultura, 48.400 menos.
Segundo a EPA, nos últimos 12 meses, a taxa de desemprego desceu mais de dois pontos percentuais, de 25,73% do quarto trimestre de 2013, embora tenha subido três centésimos frente ao trimestre anterior, para 23,70%.
Os homens, com uma taxa de desemprego de 22,80%, concentraram o aumento do quarto trimestre com mais 30.200, para 2.823.700, enquanto o número das mulheres permaneceu praticamente igual à do trimestre anterior, com 2.634.000 desempregadas e uma taxa de 24,74%.
O desemprego caiu entre os menores de 25 anos (54.000 pessoas menos), enquanto aumentou nos de 25 anos e mais, em 84.000.
Em relação à nacionalidade, subiu em 17.700 entre os espanhóis e em 12.400 entre os estrangeiros. A taxa de desemprego da população estrangeira foi de 33,22%.
A EPA também publicou hoje o número das famílias com todos seus membros desempregados, que caiu em 23.100 pessoas, para um total de 1.766.300.
O aumento do desemprego, que chegou a 26% da população ativa em 2012, foi a principal consequência da crise econômica que a Espanha vive desde 2008 e provocou um grande número de desempregados de longa duração.