👀 Não perca! As ações MAIS baratas para investir agoraVeja as ações baratas

Texto paralelo do G20 cita super-ricos 5 vezes e pede taxação

Publicado 26.07.2024, 08:07
Texto paralelo do G20 cita super-ricos 5 vezes e pede taxação

O documento paralelo ao "communiqué" da trilha de finanças do G20 sobre cooperação em tributação internacional foca "indivíduos com patrimônio líquido muito elevado". Sinônimo de super-ricos, o termo vai aparecer pelo menos cinco vezes no texto obtido pelo Estadão/Broadcast. O documento promete esforços para reformas tributárias internas aos países com apoio dos pares.

Chamada nos corredores da conferência de Declaração do Rio sobre Cooperação Tributária Internacional, o documento tem sete páginas e 15 artigos e será assinado na sexta-feira, 26, pela presidência brasileira do grupo, após sua redação ter sido negociada e aprovada nesta quinta-feira, 25, com os demais países membros e convidados. A versão aprovada será divulgada na sexta e ainda poderá passar por ajustes de última hora. A possibilidade foi reconhecida a interlocutores pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, padrinho da proposta.

O documento em separado do comunicado dos ministros da economia foi o arranjo encontrado pela diplomacia brasileira para lançar oficialmente a pedra fundamental da discussão sobre a taxação de grandes fortunas na arena internacional. O documento não tergiversa sobre a necessidade de impor taxação justa aos super-ricos e evitar a evasão ou sonegação fiscal "agressiva" deste grupo que, segundo o texto, "mina a justiça tributária".

Ainda assim, logo no segundo artigo, a declaração reitera a tributação como um direito constitutivo da soberania do Estado e sugere que qualquer esforço de cooperação internacional na área vai "respeitar a soberania econômica de cada país e as prioridades definidas a nível nacional". A ressalva respeita o que a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, disse nesta quinta em entrevista coletiva. Yellen indicou que o tema é caro ao governo americano, mas disse que qualquer acordo formal de tributação internacional ainda é considerado "desnecessário ou indesejado".

É brasileira a proposta de taxar grandes fortunas e, possivelmente, orientar parte da arrecadação global para esforços de combate às mudanças climáticas. A carência de financiamento para o esforço climático é citada no texto, mas sem conexão explícita com a tributação internacional.

Nesta quinta, ao comentar a aprovação o documento final, que não impõe compromissos automáticos, datas ou cifras - resultado da resistência parcial às propostas -, Haddad definiu a aclamação ao documento como uma conquista "ética que não pode ser desmerecida" e "de natureza moral" e minimizou a falta de compromissos mais efetivos.

Compromissos

Os últimos cinco parágrafos do documento compõem a seção "nossos compromissos". Logo no primeiro item, é feita a promessa de "reforçar os nossos esforços de reforma interna através de apoio entre pares e intercâmbio de melhores práticas". Em seguida, é dito que, com respeito à soberania fiscal, os países do G20 vão buscar cooperar para garantir que indivíduos com patrimônio líquido extremamente elevado sejam "efetivamente tributados".

"A cooperação poderia envolver o intercâmbio de melhores práticas, incentivando debates em torno dos princípios fiscais e concebendo mecanismos anti-evasão, incluindo abordar práticas fiscais potencialmente prejudiciais", diz o texto.

Ultra-ricos

Trechos que abordam mais explicitamente os ultra-ricos citam a importância dessas pessoas contribuírem com "parcela justa em impostos". "A evasão ou sonegação fiscal agressiva de indivíduos com patrimônio líquido ultra-elevado pode minar a justiça dos sistemas tributários, o que vem junto com uma eficácia reduzida da tributação progressiva", diz o texto.

"Ninguém deve ser capaz de sonegar impostos, inclusive contornando os padrões de transparência. Portanto, maiores esforços devem ser feitos para garantir o cumprimento total das obrigações fiscais domésticas", afirma a declaração.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.