Buenos Aires, 27 set (EFE).- A troca comercial da Argentina com o Brasil diminuiu 16,3% entre janeiro e agosto de 2015, com a contração da economia brasileira como a principal causa por trás do retrocesso, diz um relatório divulgado neste domingo pela Câmara Argentina de Comércio (CAC).
Os números da CAC, obtidos através de uma análise dos dados oficiais, estabelecem que a troca da Argentina com seu principal parceiro comercial totalizou US$ 16.526 bilhões nos primeiros oito meses do ano.
"A contração foi consequência de retrocessos simultâneos das exportações argentinas para esse mercado e das importações de nosso país com origem no Brasil. No entanto, o retrocesso das exportações foi significativamente mais agudo que o das importações", acrescenta o relatório.
Da queda de 16,3% em relação com o mesmo período de 2014, "11,4% podem ser atribuídos a menores exportações rumo ao Brasil", enquanto "só 4,9% são consequência de menores importações", detalham desde a CAC.
Para a entidade, "o nível do tipo de competitividade cambial" entre Argentina, que segundo os economistas sofre uma situação de atraso na taxa de câmbio, e Brasil, que recentemente desvalorizou sua moeda, "não é o fator com maior incidência".
Pelo contrário, o relatório assegura que os fluxos de comércio "estão essencialmente determinados pelos níveis de atividade econômica".
"As exportações argentinas para o Brasil estão principalmente explicadas pelo nível de atividade da economia brasileira (que conforme se expande demanda mais produtos argentinos), já o nível de atividade da economia argentina é o principal determinante do comportamento das importações locais", concluiu.