Por Steve Holland e Susan Cornwell
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou na quarta-feira os democratas do Congresso de não quererem negociar um pacote de ajuda devido ao coronavírus porque ele se recusa a concordar com pedidos de gastos "ridículos" não relacionados à pandemia.
As declarações de Trump foram feitas depois que negociadores democratas e republicanos trocaram acusações durante um lapso de cinco dias nas negociações sobre uma legislação de alívio.
O secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, principal negociador de Trump, questionou uma declaração de dois democratas no Congresso de que os republicanos buscaram mais negociações mas recusaram qualquer movimento sobre a sua oferta inicial de 1 trilhão de dólares, que é menos de um terço do que a Câmara controlada pelos democratas aprovou em medida em maio.
"De novo deixamos claro para o governo que estamos dispostos a retomar as negociações quando eles começarem a assumir seriamente esse processo", disseram a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, e o líder da minoria no Senado, Chuck Schumer, em comunicado.
Em resposta, Mnuchin afirmou que Pelosi "não está disposta a se reunir e continuar as negociações a menos que concordemos antes com a proposta dela, custando ao menos 2 trilhões de dólares".
Falando a repórteres na Casa Branca, Trump afirmou que "Chuck Schumer e Nancy Pelosi estão mantendo o povo norte-americano como refém por sua agenda esquerdista radical que o país não quer e não vai aceitar".
"O projeto de lei não vai acontecer porque eles nem mesmo querem conversar sobre isso, porque não podemos dar a eles o tipo de coisas ridículas que eles querem que não têm nada a ver o vírus da China", disse Trump.