WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o chairman do Federal Reserve, Jerome Powell, encontraram-se na Casa Branca nesta segunda-feira, a segunda reunião entre os dois desde que Powell -- que tem enfrentado críticas severas de Trump -- se tornou chefe do Fed.
O Fed anunciou a reunião em um comunicado à imprensa, e Trump, no Twitter, chamou a conversa de "boa e cordial", um contraste em relação a declarações anteriores que incluíram chamar as autoridades do banco central dos EUA de "idiotas" por não reduzirem a taxa de juros e rotular Powell como um inimigo dos Estados Unidos, em pé de igualdade com o líder chinês Xi Jinping.
"Tudo foi discutido, incluindo taxas de juros, juros negativos, inflação baixa, afrouxamento, força do dólar e seu efeito sobre a indústria, o comércio com a China, UE e outros, etc", disse Trump em post no Twitter.
O Fed, em seu comunicado, teve o cuidado de observar o que não foi discutido: as expectativas de Powell para a política monetária futura. Por mais de um ano, Trump acusa o Fed de minar suas políticas econômicas, mantendo, em sua opinião, taxas de juros muito altas e privando os Estados Unidos do que Trump considera serem os benefícios das taxas de juros negativas, adotadas pelos bancos centrais da Europa e do Japão.
Powell "não discutiu suas expectativas em relação à política monetária, exceto para enfatizar que a trajetória dependerá inteiramente das informações recebidas relacionadas às perspectivas da economia", afirmou o comunicado.
"O chair Powell disse que ele e seus colegas do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) definirão a política monetária, conforme exigido por lei, para sustentar o emprego máximo e preços estáveis, e tomarão essas decisões baseados apenas em análises cuidadosas, objetivas e não políticas".
A reunião incluiu o secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin.