Por Rozanna Latiff
KUALA LUMPUR (Reuters) - A Coreia do Norte garantiu a segurança de cidadãos da Malásia proibidos de deixar o país, disse o primeiro-ministro malaio nesta quinta-feira, quando dois de seus compatriotas que trabalham para a ONU partiram do território norte-coreano, em um possível sinal de que as tensões diplomáticas começaram a arrefecer.
Na terça-feira Pyongyang proibiu a saída de malaios da Coreia do Norte, desencadeando uma retaliação da Malásia no momento em que o relacionamento está abalado pela investigação do assassinato de Kim Jong Nam, meio-irmão afastado do líder norte-coreano, Kim Jong Un, no mês passado, em Kuala Lumpur.
Depois de acusar a Coreia do Norte no início desta semana de assassinar Kim Jong Nam com uma arma química proibida e de tratar seus conterrâneos como reféns, o premiê malaio, Najib Razak, adotou uma postura mais suave para retirar os cidadãs do Estado recluso e detentor de armas nucleares.
"As relações diplomáticas entre a Malásia e a Coreia do Norte não serão cortadas, já que precisamos continuar a nos comunicar com eles para encontrar uma solução", disse Najib em um comunicado publicado em seu blog.
Mas ele acrescentou que seu governo "não irá recuar de uma abordagem firme" no trato com os norte-coreanos.
Com a partida dos dois malaios que trabalham para o Programa Mundial de Alimentos da ONU (PMA), nove permanecem na embaixada em Pyongyang – entre eles três diplomatas e seis familiares.
"O governo da Coreia do Norte deu uma garantia de segurança", escreveu Najib no Twitter. "Eles estão livres para realizar suas atividades diárias, mas não podem sair do país".
Ele confirmou que os dois funcionários do PMA, Stella Lim e Nyanaprakash Muniandy, chegaram a Pequim.