O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou nesta segunda-feira, 19, que houve uma interpretação equivocada de uma fala anterior dele, de que o balanço de riscos é assimétrico hoje, com mais riscos de alta do que de baixa. "De maneira nenhuma isso vai na contramão ou fere ou provoca uma dissonância com aquilo que está escrito na ata. Existem alguns membros que veem o balanço como assimétrico. A minha intenção foi fornecer mais informação à sociedade e que eu sou um dos que entende que o balanço está assimétrico". Ele acrescentou: "Porém, desde a minha primeira fala, eu venho falando que o fato de o balanço estar assimétrico não é qualquer tipo de guidance, uma sinalização do que o BC pode dar do que ele pode fazer na próxima reunião. Eu não quero cruzar uma linha daquilo que foi estabelecido e comunicado na ata."
E disse Galípolo, reafirmando a dependência de dados: "Vamos com todas as possibilidades em cima da mesa para próxima reunião."
Por outro lado, ele elogiou o entendimento por parte do mercado financeiro de que o BC vai utilizar todas as ferramentas que estão dentro do arcabouço da política monetária para levar a inflação para a meta, independentemente de quem seja o indicado para presidir o banco. "Eu acho que também foi bastante importante esse ciclo de comunicação para ficar bem claro que toda a diretoria que está aí hoje se colocou à disposição e disponível para elevar a taxa de juros sempre que for necessário. Sempre que for necessário, vai-se recorrer as ferramentas que são necessárias para cumprir a meta do Banco Central para perseguir a meta de 3%."