SÃO PAULO (Reuters) - Os licenciamentos de automóveis e comerciais leves novos no Brasil em junho subiram 2,7 por cento sobre maio, enquanto na comparação anual seguem mostrando redução no ritmo de declínio apresentado no início deste ano, segundo dados de fontes do mercado nesta sexta-feira.
As vendas de carros e comercias leves, segmento que inclui utilitários esportivos além de vans e picapes, somaram 166,7 mil unidades em junho, ante 162,3 mil em maio, com o crescimento sendo em parte apoiado por mais dias úteis de venda.
Pela média de emplacamentos por dia útil, indicador chave para o setor, os licenciamentos de junho corresponderam a 7.578 veículos, queda ante os 7.734 de maio.
Na comparação com junho do ano passado, as vendas do mês passado encolheram 18,6 por cento, numa redução no ritmo de queda verificado no início do ano, quando a taxa de recuo sobre o ano passado chegou perto de 40 por cento.
Com o resultado de junho, no acumulado dos seis primeiros meses do ano os licenciamentos de carros e comerciais leves somaram 952,3 mil unidades, uma queda de 25 por cento sobre o volume da primeira metade de 2015.
Segundo a associação nacional dos fabricantes de veículos, Anfavea, o mercado poderá iniciar uma recuperação mais para o final do ano, diante do recrudescimento da crise política que poderá incentivar a confiança de empresários e investidores. A entidade espera que as vendas de veículos este ano caiam 19 por cento, para cerca de 2 milhões de unidades.
No ranking do segmento, General Motors (NYSE:GM) teve vendas de 28,1 mil carros e comerciais leves em junho, seguida pela Fiat, que teve emplacamentos de 25,5 mil, enquanto a coligada Jeep vendeu cerca de 4 mil utilitários esportivos no período, informou uma das fontes.
O grupo alemão Volkswagen apurou licenciamentos de 20,9 mil carros e comerciais leves em junho, ficando na terceira posição. A empresa foi seguida pela sul-coreana Hyundai, com vendas de 16,8 mil unidades; pela japonesa Toyota, com emplacamentos de 15,5 mil veículos; e pela norte-americana Ford, que teve vendas de 14 mil unidades no mês passado.
(Por Alberto Alerigi Jr.)