WASHINGTON (Reuters) - As vendas no varejo dos Estados Unidos ficaram inesperadamente estáveis em julho, indicando alguma perda de ímpeto na economia no começo do terceiro trimestre.
O Departamento de Comércio informou nesta quarta-feira que as vendas no varejo, que haviam crescido 0,2 por cento em junho, foram contidas pelo segundo mês seguido por quedas nas vendas em concessionárias de automóveis, além de vendas fracas de móveis, eletrônicos e eletrodomésticos.
A leitura de julho foi a mais fraca desde janeiro. Economistas consultados pela Reuters haviam estimado que as vendas no varejo, que respondem por um terço dos gastos de consumidores, teriam alta de 0,2 por cento no mês passado.
O relatório de vendas no varejo, que foi em geral fraco, sugere que o crescimento no terceiro trimestre provavelmente desacelerará após o forte ritmo anualizado de 4,0 por cento apurado no trimestre de abril a junho.
O chamado núcleo de vendas, que elimina automóveis, gasolina, materiais de construção e serviços de alimentos, e corresponde de forma mais próxima ao componente de gastos do consumidor do Produto Interno Bruto, cresceu 0,1 por cento em julho. Isso indica uma moderação nos gastos de consumidores no começo do terceiro trimestre.
O núcleo de vendas teve alta de 0,5 em junho em número revisado, de alta de 0,6 por cento informada anteriormente. Economistas esperavam que o núcleo de vendas registrasse um avanço de 0,4 por cento em julho.
As vendas em concessionárias de automóveis caíram 0,2 por cento em julho após uma queda de 0,3 por cento no mês anterior. As vendas em varejistas que não são lojas, que inclui vendas online, recuou 0,1 por cento.
As vendas em varejistas de vestuário subiram 0,4 por cento e em lojas de artigos esportivos avançaram 0,2 por cento.
Os dados sobre vendas em lojas de eletrônicos e eletrodomésticos mostraram uma queda de 0,1 por cento, enquanto as vendas em fornecedores de materiais de construção e de equipamentos para jardinagem subiram 0,2 por cento.
(Por Lucia Mutikani)