WASHINGTON (Reuters) - As vendas no varejo dos Estados Unidos ficaram inesperadamente estagnadas em abril com a redução do impulso dos cheques de estímulo, mas uma aceleração é provável nos próximos meses em meio a poupanças recordes e à reabertura da economia.
O Departamento do Comércio informou nesta sexta-feira que a leitura estável das vendas varejistas seguiu-se a um salto de 10,7% em março, em dado revisado para cima de alta de 9,7% informada antes.
Economistas consultados pela Reuters previam alta de 1,0% das vendas.
Muitas famílias qualificadas receberam cheques adicionais de 1.400 dólares em março, como parte do pacote de resgate da Casa Branca de 1,9 trilhão de dólares pela pandemia e aprovado no início daquele mês.
As famílias acumularam 2,3 trilhões de dólares em poupança extra durante a pandemia, o que deve sustentar os gastos neste ano.
Mas após a informação neste mês de que as contratações desaceleraram em abril em meio à falta de mão de obra, a fraqueza das vendas pode provocar ansiedade sobre a recuperação econômica.
Excluindo automóveis, gasolina, materiais de construção e serviços alimentícios, as vendas no varejo caíram 1,5% no mês passado depois de alta de 7,6% em março. O chamado núcleo das vendas corresponde mais de perto ao componente dos gastos dos consumidores no Produto Interno Bruto.
(Reportagem de Lucia Mutikani)