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Venezuela importará alimentos de Brasil e da Argentina por US$ 2,5 bilhões

Publicado 21.03.2014, 20:59

Caracas, 21 mar (EFE).- O ministro de Alimentação da Venezuela, Félix Osorio, informou nesta sexta-feira que fechou um acordo com o Brasil para a importação de US$ 1,765 bilhão em alimentos e de US$ 715 milhões com a Argentina como parte de um plano de abastecimento.

Osorio explicou em entrevista coletiva que aprovou um acordo de US$ 1,765 bilhão para trazer do Brasil 429 mil toneladas de alimentos durante um ano. O acordo inclui produtos como carne, frango, leite e alguns derivados lácteos.

A Venezuela também chegou a um acordo com a Argentina para um "plano especial de superabastecimento" com duração de quatro meses por US$ 715 milhões o que, segundo o ministro, equivale a 844 mil toneladas de alimentos.

Pelo acordo a Venezuela importará produtos como leite, arroz, vários tipos de milho, óleos, feijão, massas, farinhas e derivados lácteos.

"Para a Argentina o petróleo é alimento, e são uns gigantes na produção de alimentos, são nossos irmãos e estão nos apoiando", disse.

Este convênio se soma a outro que a Venezuela já mantém, que prevê a provisão de 574,2 mil toneladas de alimentos por US$ 1 bilhão durante 2014 como compensação petrolífera, explicou Osorio.

O ministro também se referiu a outros convênios assinados pela Venezuela para o abastecimento alimentar.

Através de acordos assinados pelo mecanismo Petrocaribe, a República Dominicana fornecerá 55 mil toneladas de alimentos por US$ 66 milhões, enquanto da Nicarágua importará 169,8 mil toneladas por US$ 385 milhões.

Da Guiana a Venezuela importará 200 mil toneladas por US$ 114 milhões e do Uruguai 115 mil por US$ 224 milhões.

"Todas estas são medidas que nosso presidente Nicolás Maduro tomou para fortalecer o tema alimentício e antecipar esta guerra econômica, para todo o ano", indicou o ministro para a Alimentação, em alusão à "guerra econômica" que o governo acusa a oposição e o empresariado de manter contra ele.

A escassez de bens básicos se aprofundou no ano passado, ao ponto de alcançar 28% dos produtos segundo o índice de escassez publicado pelo Banco Central da Venezuela.

Já os empresários responsabilizam o executivo pela situação. Eles alegam que não recebem do Estado as divisas necessárias para produzir ou importar.

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