Por Claudia Violante
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar operava com leves oscilações ante o real nesta segunda-feira, com os investidores de olho na cena externa e com algum fluxo positivo de recursos.
Às 10:19, o dólar recuava 0,17 por cento, a 3,2163 reais na venda., após subir 0,74 por cento no pregão passado, mas fechar a última semana com baixa de 0,86 por cento.
O dólar futuro tinha leve baixa de 0,03 por cento. Na máxima do dia, a moeda norte-americana chegou a 3,2327 reais e, na mínima, a 3,2143 reais.
"A agenda hoje está mais esvaziada, o que abre espaço para o monitorar o sinal de alta de lá de fora", comentou o operador da corretora Ourominas, Maurício Gaioti.
No exterior, o dólar subia ante uma cesta de moedas e também frente a divisas de países emergentes ligados a commodities, como os pesos mexicano e chileno e a lira turca.
Os mercados estão de olho no futuro governo de Donald Trump, que assume a Presidência dos Estados Unidos no próximo dia 20, diante de suas promessas de adotar uma política econômica inflacionária. Por isso, os investidores temem que o Federal Reserve, banco central norte-americano, possa elevar ainda mais os juros e atrair para a maior economia do mundo recursos hoje aplicados em outras praças, como a brasileira.
"O mercado está também em compasso de espera pelo início da gestão de Donald Trump", comentou Gaioti.
O Banco Central brasileiro, por enquanto, não anunciou qualquer intervenção no mercado cambial para esta sessão. Segundo profissionais, o BC já deixou claro que vai agir para corrigir distorções e, por enquanto, a volatilidade tem se mantido relativamente controlada. A última vez que a autoridade monetária atuou foi em 13 de dezembro passado.
Nesse princípio de ano, assim como foi visto no final de 2016, tem havido algum fluxo de ingresso de recursos no país, o que tem contribuído também para o comportamento do dólar frente ao real.