Nações Unidas, 28 set (EFE).-O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Guido Westerwelle, afirmou nesta sexta-feira, na sede das Nações Unidas, que a Europa irá superar a crise e ficará "mais forte do que nunca".
"Muitos se perguntam se a Europa será capaz de resolver a crise e continuará tendo papel de líder no mundo. A resposta é sim", disse Westerwelle em seu discurso na 67ª Assembleia Geral da ONU.
O líder defendeu a "responsabilidade da Alemanha com a Europa" e reconheceu que "a saída para crise da dívida soberana é difícil, pois requer uma disciplina de solidariedade e crescimento".
"Continuaremos por esse caminho. A Europa está crescendo unida, está se consolidando e sairá desta crise mais forte do que nunca", ressaltou o ministro.
Westerwelle disse que seguirá reconhecendo a Europa como "maior doador em ajuda ao desenvolvimento, uma inspiração para cooperação regional e pioneira em ação contra as mudanças climáticas e desarmamento".
O alemão destacou a importância da crise vivida pela zona do euro, enquanto também falou das tensões com o Irã e pediu que Teerã ofereça "resposta sérias" para conseguir uma "solução política e diplomática".
"Peço ao Irã que deixe de jogar com o tempo. A situação é grave", disse o ministro.
Além disso, Westerwelle comentou os compromissos de seu país para superar a paralisação do Conselho de Segurança para responder à crise da Síria e com a primavera árabe.
A Alemanha, junto aos outros membros europeus do Conselho de Segurança - Reino Unido, França e Portugal - defendeu no último ano mais pressão sobre o regime de Bashar Al-Assad, iniciativa vetada três vezes por Rússia e China.
"Até hoje, o Conselho de Segurança fracassou em manter sua responsabilidade com o povo da Síria", disse o ministro, que aproveitou para pedir que "sigam os trabalhos a fim de encontrar uma solução política para uma crise que já deixou mais de 25 mil mortos".
Durante seu discurso na ONU, Westerwelle condenou "a repressão existente em Belarus" e defendeu uma reforma do Conselho de Segurança para que a Alemanha possa assumir "maior responsabilidade" e para que as regiões da América Latina, África e Ásia obtenham postos permanentes. EFE
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