Por Marc Jones
LONDRES (Reuters) - O colapso das negociações comerciais entre EUA e China e o aumento das tarifas sobre produtos chineses levariam a economia mundial à recessão e o Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) a cortar juros dentro de um ano, disseram analistas do Morgan Stanley (NYSE:MS) nesta segunda-feira.
Uma escalada temporária das tensões comerciais pode não causar tantos danos, mas um colapso duradouro ditaria severas perdas.
"Se as negociações travarem, nenhum acordo for acertado e os EUA impuserem tarifas de 25% sobre as importações restantes da China, de 300 bilhões de dólares, veremos a economia global caminhando para a recessão", disseram analistas do banco em nota.
Em resposta, o Fed cortaria as taxas até zero na primavera de 2020 (no Hemisfério Norte), enquanto a China aumentaria seu estímulo fiscal para 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB) --equivalente a cerca de 500 bilhões de dólares-- e sua ampla meta de crescimento de crédito para 14%-15% ao ano, acrescentaram os profissionais.
"Mas uma resposta política reativa e os atrasos habituais de transmissão de políticas significariam que talvez não pudéssemos evitar o aperto das condições financeiras e uma recessão global total."
Uma recessão global é definida como crescimento abaixo de 2,5% ao ano.