Por Tom Polansek
(Reuters) - A gigante norte-americana do agronegócio Bunge reorganizou seu time gerencial na quarta-feira como parte de um programa de corte de custos, na esteira de uma ampla oferta global de grãos que têm pressionado os ganhos das maiores negociadoras de produtos agrícolas do mundo.
Quatro anos de volumosas colheitas de grãos e oleaginosas têm apertado as margens da Bunge e de suas principais rivais Archer Daniels Midland (ADM), Cargill e Louis Dreyfus. Operadores do mercado esperam o mesmo no próximo ano, levando o setor a cortar custos e buscar consolidação.
A partir de 1º de janeiro, Raul Padilla vai se tornar presidente da Bunge para toda a América do Sul e para o negócio de açúcar e açúcar, afirmou a companhia em nota. Padilla é atualmente chefe da Bunge Brasil e diretor-geral da unidade de açúcar e bioenergia.
Enrique Humanes, CEO da Bunge Argentina, vai se aposentar como parte da reorganização, destacou a Bunge.
As mudanças são parte de um plano de reestruturação anunciado em julho que visa reduzir custos em 250 milhões de dólares até o final de 2019. A empresa disse na quarta-feira que cortaria empregos como parte do processo, mas não divulgou a quantidade de demissões.
Globalmente, a Bunge reduzirá o número de unidades operacionais de cinco para três: América do Norte, Europa e Ásia; América do Sul; e Açúcar e Bioenergia.
(Reportagem adicional de Yashaswini Swamynathan, em Bangalore)