FRANKFURT (Reuters) - As autoridades do Banco Central Europeu pareceram satisfeitos com a queda da inflação quando se reuniram no mês passado, mas defenderam um afrouxamento monetário gradual devido às pressões internas persistentes sobre os preços, mostrou nesta quinta-feira a ata da reunião de 12 de setembro.
O BCE cortou as taxas de juros no mês passado e disse que vai manter a mente aberta em relação a outubro, mas uma longa lista de autoridades já defendeu um movimento seguinte, sugerindo que o corte na próxima semana é praticamente um negócio fechado e que o verdadeiro debate será sobre dezembro.
"A trajetória básica para 2% depende criticamente de um crescimento menor dos salários, bem como de uma aceleração do crescimento da produtividade em direção a taxas não vistas há muitos anos e acima das médias históricas", disse o BCE na ata.
"Portanto, é preciso monitorar cuidadosamente se a inflação se estabelecerá de forma sustentável na meta em tempo hábil. O risco de atrasos em alcançar a meta do BCE foi considerado como justificativa para alguma cautela para evitar a redução prematura da restrição da política monetária", acrescentou o BCE.
O banco já cortou as taxas de juros duas vezes, uma vez que a inflação está agora a uma pequena distância de sua meta de 2%, e disse que um maior afrouxamento é apenas uma questão de tempo, dado o crescimento fraco, a diminuição das pressões sobre os preços e a desaceleração do crescimento dos salários.
A próxima reunião do banco central será em 17 de outubro e um corte já está quase totalmente precificado, com uma mudança em dezembro também firmemente esperada.
(Reportagem de Balazs Koranyi)