Por Roberta Rampton e Richard Cowan
WASHINGTON (Reuters) - Autoridades mexicanas se reuniram com seus equivalentes norte-americanos em Washington para negociar um acordo que impeça a imposição de tarifas dos EUA sobre produtos mexicanos na semana que vem, mesmo com o governo mexicano se preparando para retaliar as eventuais tarifas.
Frustrado pelos atrasos no progresso de uma de suas principais promessas na campanha de 2016, o presidente dos Estados Unidos Donald Trump disse de maneira inesperada que o México teria de tomar uma postura mais forte para impedir a imigração ilegal ou enfrentaria 5% de tarifas sobre todas as suas exportações para os Estados Unidos a partir da próxima segunda-feira. As cobranças poderiam aumentar para até 25% ao longo do ano.
O México quer impedir uma guerra comercial que segundo analistas pode levar sua economia a uma recessão, e o presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, disse que está otimista de que as negociações em Washington poderão levar a um acordo. Mas seu governo também trabalha com a hipótese de que um acordo não seja atingido.
López Obrador tem uma lista oficial de produtos norte-americanos que poderiam estar sujeitos à aplicação de tarifas retaliatórias caso as tarifas dos Estados Unidos sejam aplicadas, disseram autoridades na Cidade do México.
A lista é destinada principalmente a produtos oriundos de Estados agrícolas e industriais, considerados os principais integrantes da base eleitoral de Trump, de acordo com uma das fontes.