WASHINGTON (Reuters) - Autoridades do governo Trump culparam a falta de ação da Rússia por permitir um ataque com gás venenoso mortal contra civis sírios na semana passada, com o Secretário de Estado, Rex Tillerson, preparado para explicar a Moscou um ataque de mísseis conduzido pelos Estados Unidos como retaliação.
Tillerson disse que a Síria foi capaz de executar o ataque, que matou dezenas de pessoas, porque Moscou falhou em conduzir um acordo de 2013 para proteger e destruir armas químicas na Síria.
O conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, H.R. McMaster disse que os "patrocinadores da Síria", Rússia e Irã, estavam permitindo que o presidente Bashar al-Assad realizasse uma "campanha de assassinato em massa contra seus próprios civis".
Mas Tillerson, que deve visitar Moscou na quarta-feira para conversar com autoridades russas, disse no programa "This Week" da rede ABD, que "não há mudança" na postura militar dos Estados Unidos em relação à Síria.
"Eu acho que a verdadeira falha aqui foi o fracassado da Rússia em cumprir com seus compromissos assumidos com o tratado de armas químicas que aderimos em 2013”, disse Tillerson.
"O fracasso relacionado ao recente ataque e ao terrível ataque com armas químicas em grande parte é uma falha da Rússia em cumprir seu compromisso com a comunidade internacional", ele acrescentou.
O presidente dos EUA, Donald Trump, ordenou ataques com mísseis de cruzeiro em uma base aérea síria após ter culpado Assad pelo ataque químico, que deixou ao menos 70 mortos, muitos deles crianças, na cidade síria de Khan Sheikhoun. O governo sírio negou que estivesse por trás do ataque.
Falando ao "Fox News Sunday", McMaster disse que os EUA realizariam mais ações na Síria se necessário.
"Estamos preparados para fazer mais. De fato, estávamos preparados para fazer mais dois dias atrás", disse McMaster. “O presidente tomará qualquer decisão que julgar ser do melhor interesse do povo norte-americano".
(Por Sarah N. Lynch e David Morgan)