Ibovespa fecha em queda pressionado por Petrobras, mas sobe em semana marcada por resultados corporativos
Investing.com — Na quarta-feira, o Banco do Canadá (BoC) anunciou sua decisão de manter a taxa de juros em 2,75%, alinhando-se às expectativas do consenso. Esta decisão ocorre após uma série de sete cortes consecutivos, sendo o mais recente uma redução de 25 pontos-base em março, de 3,00% para a taxa atual.
O governador do BoC, Tiff Macklem, afirmou que a economia canadense encerrou 2024 em posição forte, com a inflação pairando próxima à meta de 2% desde o verão anterior. Os agressivos cortes nas taxas desde a primavera estimularam os gastos domésticos e o crescimento econômico, dando à economia um novo vigor.
No entanto, a recente mudança em direção ao protecionismo na política comercial dos EUA e sua implementação errática introduziram maior incerteza, perturbaram os mercados financeiros e reduziram as previsões de crescimento global, com um consequente aumento nas expectativas de inflação. A trajetória imprevisível da política comercial dos EUA e o potencial impacto de uma guerra comercial no Canadá são fontes de considerável preocupação.
Em resposta às crescentes ameaças de tarifas mais altas dos EUA, o BoC havia reduzido a taxa de juros em 25 pontos-base tanto em janeiro quanto em março. Apesar dessas medidas, o futuro permanece incerto, sem clareza sobre a imposição, redução ou duração das tarifas.
O BoC optou por manter a taxa de juros atual enquanto aguarda mais informações sobre as tarifas dos EUA e suas implicações. O governador Macklem enfatizou que a política monetária não pode eliminar as incertezas comerciais ou neutralizar os efeitos de uma guerra comercial. Em vez disso, o papel do banco central é fomentar a confiança na estabilidade de preços entre os canadenses.
A economia canadense está mostrando sinais de desaceleração nos investimentos empresariais e nos gastos das famílias. Após uma robusta expansão de 5,6% no quarto trimestre de 2024, a demanda doméstica final deve ficar praticamente estagnada no primeiro trimestre de 2025. O crescimento do PIB para o primeiro trimestre é estimado em cerca de 1,8%, com uma antecipação nas exportações para evitar tarifas, mas espera-se que uma queda nas exportações enfraqueça o crescimento no segundo trimestre.
O mercado de trabalho, que estava melhorando no final do ano passado, agora está sentindo a pressão das tensões comerciais. Os números de emprego estagnaram em fevereiro, diminuíram em março, e os planos de contratação estão sendo reduzidos pelas empresas.
A inflação no Canadá aumentou de 1,8% em janeiro para 2,3% em março, impulsionada pelo fim do feriado do GST/HST e uma recuperação na inflação dos preços de bens. A eliminação do imposto sobre carbono para consumidores em 1º de abril deve reduzir a inflação do IPC em aproximadamente 0,7 pontos percentuais por um ano, enquanto os preços mais baixos do petróleo global também exercerão pressão descendente sobre a inflação.
O Relatório de Política Monetária (MPR) do BoC apresenta dois cenários para ilustrar os potenciais resultados da política comercial dos EUA. No primeiro cenário, novas tarifas são amplamente negociadas, mas o crescimento estagna devido à cautela persistente. A inflação cai abaixo da meta de 2% pelo restante de 2025 e início de 2026. O segundo cenário propõe uma guerra comercial global duradoura com graves repercussões econômicas, incluindo uma contração no PIB do Canadá e uma recessão de um ano, com inflação excedendo 3% em meados de 2026 antes de suavizar novamente.
O governador Macklem concluiu reconhecendo a significativa mudança na política comercial dos EUA desde janeiro e o consequente aumento na incerteza. Novas tarifas sobre indústrias canadenses importantes e outros parceiros comerciais dos EUA levaram a mercados financeiros voláteis. A política monetária canadense visará manter o controle da inflação e apoiar o crescimento econômico enquanto o país navega pelos desafios de uma guerra comercial indesejada.
Em resposta ao anúncio, o economista do CIBC (TSX:CM) Avery Shenfeld comentou: "Vemos isso como uma pausa, relacionada à falta de clareza do Banco sobre as perspectivas futuras, e não como o fim do ciclo de flexibilização, a menos que a ameaça de tarifas desapareça rapidamente."
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