PEQUIM (Reuters) - O banco central da China prometeu nesta quinta-feira manter uma política monetária modestamente sustentadora para ajudar a segunda maior economia do mundo a enfrentar obstáculos no curto prazo, mas destacou que não vai inundar o mercado com dinheiro.
Mas, ao mesmo tempo, o banco central também admitiu publicamente pela primeira vez, que havia injetado 769,5 bilhões de iuans (125,91 bilhões de dólares) em empréstimos de três meses a bancos para manter os juros baixos.
A concessão de empréstimos ficou levemente acima dos 700 bilhões de iuans esperados por muitos nos mercados e destaca os riscos enfrentados pela economia chinesa, cujo crescimento no terceiro trimestre caiu à mínima desde a crise financeira de 2008/2009.
"Durante o processo de ajuste econômico, a economia chinesa será pressionada, com crescentes chances de exposição a possíveis riscos em um período", disse o Banco do Povo da China.
A autoridade monetária prometeu ater-se a sua postura "prudente", calibrar a política monetária de forma tempestiva para amparar a economia e manter condições apropriadas de liquidez para sustentar crescimento razoável do crédito e do financiamento social.
De fato, para proteger a economia enfraquecida de quaisquer aumentos dolorosos dos custos de financiamento, o banco central informou que os 769,5 bilhões de iuans em empréstimos que foram estendidos a bancos em setembro e outubro foram emitidos à taxa de juros de 3,5 por cento.
É mais alto do que os 2,6 por cento pagos por bancos a poupadores por depósitos de três meses, mas bem abaixo dos 5,6 por cento cobrados por bancos por empréstimos que vencem em seis meses ou menos.
"Os recursos fornecem liquidez e, ao mesmo tempo, guiam bancos comerciais a reduzir os juros e o custo de financiamento, amparando a economia real", disse o banco central.
Beneficiários dos empréstimos incluem grandes bancos estatais, bancos municipais e bancos comerciais rurais, acrescentou.
((Tradução Redação São Paulo; 55 11 5644 7768)) REUTERS BBF MPP