PEQUIM (Reuters) - O banco central da China pediu nesta segunda-feira mais coordenação entre a política monetária do país, a política fiscal e outras, conforme Pequim busca evitar riscos e manter um crescimento econômico estável.
Algumas mudanças positivas ocorreram nos ajustes estruturais da economia chinesa no primeiro trimestre, mas outros grandes problemas permanecem em meio a incertezas, disse o Banco do Povo da China em um comunicado divulgado em seu site após reunião trimestral de seu comitê de política monetária.
O banco central não elaborou sobre quais são os ajustes estruturais.
O Banco do Povo da China reiterou sua promessa de continuar com uma política monetária prudente, nem frouxa nem apertada demais, e de garantir liquidez razoavelmente ampla no mercado interbancário. A autoridade também repetiu que Pequim não vai recorrer a estímulos maciços à economia.
Iris Pang, economista do ING, espera que os cortes de impostos e gastos adicionais com infraestrutura planejados pelo governo cheguem a 4 trilhões de iuanes (596,45 bilhões de dólares) neste ano.
"Com um considerável estímulo fiscal de 4 trilhões de iuanes este ano e uma política monetária frouxa que gerou 4 por cento de crescimento de crédito somente no primeiro trimestre, esperamos que a economia chinesa cresça acima da meta de 6 por cento", disse Pang em uma nota nesta segunda-feira.
A China divulgará o ritmo de crescimento econômico do primeiro trimestre na quarta-feira.
Para encorajar mais empréstimos, o Banco do Povo da China já reduziu a taxa de compulsório dos bancos cinco vezes ao longo do último ano e a expectativa é que a autoridade afrouxe ainda mais a política monetária nos próximos trimestres para estimular empréstimos e reduzir os juros, especialmente para empresas pequenas e privadas, que são vitais para o crescimento e criação de emprego.
O banco central buscará um equilíbrio entre a taxa de câmbio, a taxa de juros e a balança de pagamentos internacional, disse o banco central, acrescentando que continuará avançando com as reformas na taxa de juros.
O iuan será mantido basicamente estável, de acordo com o banco central chinês.