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BC está vigilante em relação a inovações financeiras; segue com Lava Jato no radar

Publicado 15.09.2016, 13:22
© Reuters. Sede do Banco Central, em Brasília

BRASÍLIA (Reuters) - O Banco Central informou que está vigilante em relação à introdução de inovações financeiras na medida em que possam afetar a solidez do sistema financeiro e apontou que está pronto para adotar medidas tempestivamente caso identifique a necessidade de intervenção regulatória.

Em seu Relatório de Estabilidade Financeira do primeiro semestre divulgado nesta quinta-feira, o BC reconheceu as transformações promovidas pelas empresas de tecnologia de serviços financeiros, as chamadas fintechs, e destacou que encoraja o desenvolvimento de novas tecnologias.

"Isso pode estimular a concorrência no mercado, o que impacta sua eficiência e possibilita a oferta de produtos a preços menores aos clientes, atingindo maior parcela da população", afirmou.

Por outro lado, apontou que "novas formas de prestação de serviços implicam a necessidade de métodos atualizados de acompanhamento de seu emprego e de um marco regulatório tempestivamente aprimorado, de forma a garantir o regular funcionamento do Sistema Financeiro Nacional e das infraestruturas do mercado financeiro".

Após alertar em relatórios anteriores que os efeitos decorrentes do aumento do risco de crédito das empresas investigadas na Lava Jato seguiam como fatores de atenção contínua, o BC retirou a menção à operação no documento divulgado nesta quinta.

Em coletiva de imprensa, contudo, o diretor de Fiscalização do BC, Anthero Meirelles, afirmou que a avaliação continua a mesma -- há um risco, mas o sistema tem capacidade de absorvê-lo.

"Lava Jato não deixou de ser preocupação, a gente continua acompanhando os potenciais efeitos dessa operação no sistema", disse ele, acrescentando que parte desses riscos se materializam, pois algumas empresas entraram em recuperação judicial.

CENÁRIO

De acordo com a autoridade monetária, o "ambiente adverso" da economia real continuou a se refletir de maneira pronunciada nos indicadores de crédito na primeira metade do ano, o que levou à manutenção da cautela na concessão de crédito e na baixa demanda por parte dos tomadores, resultando num baixo crescimento da carteira.

O cenário também contou com alta da inadimplência, incluindo "considerável aumento" da taxa de não pagamento das empresas, que encerrou o semestre em 3 por cento.

No relatório, o BC ponderou que a variação da inadimplência não reflete completamente o avanço do risco, já que "a renegociação e a reestruturação de dívidas mantiveram-se em alta no período, como forma de adequação dos fluxos financeiros esperados à capacidade de pagamento de empresas e famílias".

No caso das empresas, a inadimplência ao fim do primeiro semestre iria a 3,7 por cento se considerado o ajuste das reestruturações de dívidas.

Apesar do cenário, o BC apontou que a cobertura da inadimplência por provisões permanece adequada, tanto entre bancos públicos como entre bancos privados.

Segundo o BC, a liquidez do sistema bancário permaneceu estável no período. Após a realização de testes de estresse, o BC destacou que o sistema continuou mostrando capacidade de suportar choques de cenários macroeconômicos adversos, bem como de mudanças abruptas nas taxas de juros e de câmbio, de aumento na inadimplência ou de queda generalizada dos preços dos imóveis residenciais.

© Reuters. Sede do Banco Central, em Brasília

Ao fim do primeiro semestre, o índice médio de Basileia, que mede o requerimento mínimo de capital dos bancos, ficou em 16,5 por cento, ante 16,3 por cento em dezembro de 2015.

(Por Marcela Ayres)

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