Investing.com — As ações europeias registraram o segundo melhor início de ano dos últimos 15 anos, graças a ganhos em megacaps e setores cíclicos, de acordo com analistas do Barclays (LON:BARC).
Papéis como SAP, ASML (AS:ASML) e LVMH foram responsáveis por mais da metade da alta acumulada no ano do índice SX5E, com a região se beneficiando de taxas de juros estabilizadas, resultados preliminares promissores do 4º trimestre e da decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de adiar novas tarifas — pelo menos por enquanto.
“O desempenho superior no acumulado do ano é apenas uma reversão da subperformance recorde do ano passado”, afirmou o Barclays, destacando que a recuperação da Europa tem sido até agora concentrada em poucas empresas de grande capitalização.
Os analistas apontam que desenvolvimentos positivos, como o cessar-fogo na Ucrânia, a mudança da Alemanha para uma política mais pró-crescimento e a aprovação do orçamento da França, podem dar continuidade ao movimento de recuperação da Europa em relação aos EUA.
Apesar dos ganhos, o Barclays observa ceticismo entre investidores globais quanto ao potencial de crescimento estrutural da Europa.
“O retorno que recebemos de nossos clientes globais é que poucos alocaram mais recursos ou investiram dinheiro novo na Europa”, diz o relatório.
O banco acredita que essa hesitação se deve à “falta de iniciativas internas” na Europa e à dependência excessiva do comércio global, o que torna suas perspectivas econômicas menos atraentes em comparação com os EUA.
Embora a Europa ofereça um ponto de partida baixo para surpresas positivas e algumas oportunidades atraentes, os analistas destacam que “o excepcionalismo dos EUA continua sendo o roteiro principal para a maioria.”
Com uma economia mais dinâmica e motores estruturais de crescimento, os EUA seguem dominando os portfólios globais de ações, enquanto a Europa permanece uma consideração secundária para muitos investidores.
Enquanto isso, o Barclays acredita que “os PMIs e os resultados de empresas de tecnologia serão fundamentais para a próxima etapa da recuperação da Europa.”
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