Resultados do 2º tri da Nvidia superam expectativas, mas ações caem por receita de data center e riscos na China
Após uma nova disparada que levou suas ações a máximas históricas, apresentar apenas uma receita “em linha” não seria suficiente para a Nvidia (NASDAQ:NVDA) desta vez. Dizer que o papel estava precificado para a perfeição seria um enorme eufemismo — na verdade, o mercado esperava mais um resultado fortemente acima do esperado.
E mesmo que os números tenham vindo mais uma vez muito sólidos — impulsionados principalmente por outro crescimento excepcional na divisão de data centers e por uma demanda extremamente aquecida em todas as frentes — a realidade é que, sem o impulso crucial das vendas do chip H20 na China, a Nvidia simplesmente não consegue sustentar o tipo de crescimento que está embutido em sua atual valorização. Isso continua sendo verdade mesmo em um cenário cambial favorável.
Não há dúvida do lado da demanda, que segue avançando em níveis sem precedentes. No entanto, dado o grande número de riscos macroeconômicos envolvendo o papel, pode ser bastante desafiador ver a Nvidia atingir a marca de US$ 5 trilhões em valor de mercado ainda este ano.
Diante disso, a grande questão que os mercados precisam responder é se a combinação entre uma demanda incrivelmente forte e uma gestão de cadeia de suprimentos tida como referência será suficiente para entregar o crescimento necessário em meio a tanta volatilidade. Embora a resposta seja certamente "sim" no longo prazo, esse não parece ser o caso nos horizontes de curto e médio prazo.