DXY: Dólar testa resistência técnica crucial em 100,20 nesta semana

Publicado 24.11.2025, 10:09
  • A força do dólar aumentou, sustentada pela postura cautelosa do Fed, por dados econômicos sólidos e por um cenário geopolítico mais estável.
  • Sinais mistos no mercado de trabalho e inflação controlada mantiveram o dólar apoiado ao longo da semana.
  • A configuração técnica continua favorável, com a resistência em 100,20 servindo como referência para o próximo movimento de alta.

O dólar voltou a se fortalecer na última semana. O índice do dólar (DXY) avançou e se aproximou da resistência em 100,2 pontos. Esse movimento refletiu a comunicação mais cautelosa do Federal Reserve, dados econômicos mais suaves que ainda indicam uma economia estável sem risco imediato de recessão e uma leve melhora no cenário geopolítico.

No geral, o movimento indica que o dólar atingiu um nível de suporte de curto prazo, com o tom mais prudente do Fed sustentando a demanda pela moeda.

Sinais do Fed: postura cautelosa, mas ainda resistente a cortes rápidos

O principal destaque da semana veio da ata da reunião de outubro do Fed. Parte do mercado esperava um sinal de que haveria novo corte de juros até o fim do ano, mas o documento mostrou divisão interna entre os membros. Alguns dirigentes mantiveram forte preocupação com a inflação e resistiram a qualquer movimento de afrouxamento antecipado.

O plano de encerrar a redução do balanço em 1º de dezembro foi visto como um avanço, mas o tom geral reforçou a preferência do Fed por um ritmo lento e controlado.

As declarações do presidente Jerome Powell, afirmando que um corte em dezembro não está garantido, e do vice Jefferson, que disse que o Fed está próximo da neutralidade e deve reduzir o ritmo, reforçaram a ideia de uma pausa após os ajustes de setembro e outubro. Waller, por outro lado, defendeu um novo corte em dezembro, apontando fraqueza no mercado de trabalho.

Essa divisão reforçou uma percepção mais dura (“hawkish”) no mercado, o que ajudou o dólar a se manter firme. Normalmente, um único sinal mais restritivo tende a sustentar o DXY; desta vez, o efeito foi ampliado porque vários dirigentes mostraram resistência ao afrouxamento.

Desaceleração moderada nos dados dos EUA reforça suporte ao dólar

Os pedidos semanais de seguro-desemprego mostraram que as demissões seguem baixas, sinal de que o mercado de trabalho ainda está firme. Já os pedidos contínuos aumentaram, sugerindo ritmo mais lento nas contratações. Esse quadro misto reduziu as chances de cortes rápidos de juros, criando um cenário favorável ao dólar, já que a economia desacelera sem sinal de colapso.

Os dados de emprego não-agrícola de setembro vieram acima do esperado, embora a taxa de desemprego tenha subido para 4,4%. O resultado reforçou um ambiente estável, limitando oscilações maiores no DXY e afastando temores de recessão, fator que deu mais margem para o Fed manter sua postura cautelosa.

Não houve novos dados de inflação na semana, mas a queda dos preços de energia e a redução de tarifas sobre alimentos indicaram pressões moderadas. Assim, a inflação segue firme o bastante para evitar cortes imediatos, mas não tão alta a ponto de exigir nova postura agressiva.

Cenário geopolítico: queda do petróleo e melhora no apetite por risco

A trégua no Oriente Médio e as primeiras movimentações para um novo plano de paz entre Estados Unidos e Ucrânia elevaram o apetite global por risco, o que normalmente reduziria a procura pelo dólar como ativo de proteção. Mesmo assim, a queda do petróleo teve peso maior nos últimos dias.

A expectativa de aumento da oferta russa pressionou os preços do barril, aliviando as pressões inflacionárias globais. Isso suavizou o cenário para o Fed, mas o dólar permaneceu firme porque a postura prudente da instituição seguiu dominando o sentimento do mercado.

A fraqueza do USD/JPY e a chance de uma eventual intervenção japonesa também sustentaram o DXY. A ausência de ação do Banco do Japão (BoJ) permitiu ao dólar manter vantagem sobre o iene e adicionou impulso ao índice.

O DXY acumulou alta próxima de 1% na semana, sustentado pela interrupção do ciclo de cortes e pela ausência de sinais de flexibilização adicional. Os dados econômicos dos EUA ajudaram a conter temores de recessão, enquanto o alívio nas tensões geopolíticas reduziu movimentos defensivos. O conjunto desses fatores fortaleceu o dólar no curto prazo.

O quadro geral continua apontando suporte firme à moeda americana no curto prazo. Os próximos indicadores, antes da reunião de dezembro do Fed, podem ajustar essa tendência, mas, por ora, o tom cauteloso do banco central segue como o principal vetor de sustentação do dólar.

Perspectiva técnica do dólar

Análise técnica do dólar DXY
O índice do dólar segue dentro de um canal ascendente no gráfico diário, formado desde setembro. A semana começou com viés positivo, com o preço se aproximando da faixa central do canal. O nível de resistência imediata está em 100,20 pontos, região também relevante do ponto de vista psicológico. Um rompimento claro acima desse patamar pode gerar novo impulso de alta e abrir caminho para 101,67 pontos, alinhado à retração de Fibonacci de 0,382.

O primeiro suporte em caso de correção está em 99,70 pontos, área que combina suporte horizontal e retração de Fib 0,236, considerada a principal defesa da tendência de curto prazo. Cotações acima de 99,70 mantêm a estrutura de alta. A faixa de 99,30 pontos, formada pela MME e pela banda inferior do canal, constitui o segundo suporte.

A manutenção acima dessa zona preserva a tendência de alta do DXY e indica força compradora consistente. As médias móveis exponenciais de curto prazo permanecem alinhadas positivamente, reforçando o viés altista.

O preço tem reagido a essas médias em cada recuo, o que sustenta a estrutura técnica. Do lado do momentum, o IFR estocástico caminha para a zona de sobrecompra, sinalizando que um novo movimento pode ocorrer se a resistência de 100,20 for superada.

No conjunto, o gráfico mostra que o dólar mantém uma tendência positiva no curto prazo, com suporte estável e novas tentativas de rompimento para cima. O principal ponto a observar é o rompimento da região de 100,20 pontos; um fechamento abaixo de 99,30 indicaria enfraquecimento e possível início de estrutura mais neutra.

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