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Investing.com - O mercado de criptoativos demonstrou sinais de recuperação no início da semana, levando o valor total do setor novamente acima dos US$ 3 trilhões após a forte liquidação da semana anterior. O Bitcoin conseguiu se manter acima do suporte de US$ 86 mil, recuperando-se de sua mínima de sete meses, mas o tom geral permanece de extrema cautela, ditado pela persistente divergência e volatilidade nas expectativas sobre a política monetária do Federal Reserve. O futuro do BTC segue altamente atrelado à estabilidade dos índices acionários norte-americanos e à capacidade de o mercado absorver as surpresas macroeconômicas.
Nesta segunda-feira, 24 de novembro, o Bitcoin era negociado a US$ 88.707,9 por volta das 16h45 (horário de Brasília), registrando uma alta de +1,52% no dia. A recuperação foi ainda mais notável nas altcoins, com o Ethereum avançando +5,49% para US$ 2.974,23, e a XRP disparando +7,72% para US$ 2,2346. Os dados da Binance ilustram o repique generalizado após a queda para a região de US$ 80 mil na sexta-feira. No entanto, o sentimento de curto prazo permanece frágil, com o índice Fear & Greed ainda ancorado na zona de "extremo medo".
O principal fator por trás da recente recuperação é a mudança nas expectativas de corte de juros do Fed. Apesar do forte relatório de emprego do Payroll, que normalmente reduz as chances de flexibilização, a probabilidade de um corte de 0,25% em dezembro saltou para quase 79% (de 44% na semana anterior), impulsionada por comentários de dirigentes que priorizam a fraqueza no mercado de trabalho. Essa melhora no cenário de liquidez contrasta, contudo, com a pressão estrutural imposta pelos mineradores, que movimentaram mais de 30 mil BTC (US$ 2,6 bilhões) de suas reservas para cobrir custos, marcando o menor nível de acúmulo já registrado e sinalizando um momento de estresse no setor.
A reação dos investidores é de consolidação vigilante, com o mercado testando a força do suporte de US$ 80 mil. Analistas sugerem que a capacidade do Bitcoin de se manter acima de US$ 86 mil, apesar de um dólar mais forte, oferece uma janela técnica de alívio. A volta para a região de US$ 90 mil é vista como crucial para restabelecer a confiança. Contudo, o mercado está sujeito à volatilidade do Fed e à correlação com as ações, onde uma reversão prolongada poderia anular o repique. Para o longo prazo, a expectativa é de que o fim do aperto quantitativo (QT) do Fed possa injetar liquidez, favorecendo o BTC e as altcoins no próximo ciclo.
“Com a divulgação de novos dados oficiais e o ajuste das expectativas para a próxima decisão do Fed, o macro segue sendo o principal motor do mercado cripto. Os mercados passaram a apostar em nenhum corte em dezembro, mas vemos que uma combinação de estudos sobre tarifas, dados de mercados privados e proxies de inflação em tempo real sugere que as probabilidades estão subestimadas”, comentou Fabio Plein, diretor regional para as Américas da Coinbase.
"O curto prazo do Bitcoin exibe uma tendência de alta extremamente forte, confirmada pelo indicador SuperTrend (US$ 87.524) em verde e pelo ADX acima de 40. Contudo, essa força dominante se choca com sinais de exaustão, com o RSI em 76,11 e o preço testando a Banda de Bollinger superior (US$ 89.387), alertando para um risco iminente de correção. A formação de um padrão Bearish Engulfing no candle das 19h30 reforça o alerta para um possível topo local, sugerindo que o fôlego comprador está diminuindo. Portanto, o gerenciamento de risco exige que, após atingir o primeiro alvo, o stop seja movido para o ponto de entrada, ou que se utilize o SuperTrend como trailing stop para proteger os lucros travados", analisou o WarrenAI.
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