BRASÍLIA (Reuters) - A diretoria do Banco Central deverá respeitar um período de silêncio em função das reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom), que se estende desde a quarta-feira da semana anterior ao encontro até a publicação da ata referente à decisão tomada pela autoridade monetária.
Nesse período, o presidente e os diretores do BC "devem evitar ao máximo proferir discursos sobre 'assuntos do Copom', conceder entrevistas individuais à imprensa ou manter encontros com outros públicos que possam ter interesse nas decisões do Copom, incluindo regulados, economistas, investidores, analistas de mercado, empresários", disse o BC em nota divulgada esta segunda-feira.
Entre os tópicos que não poderão ser abordados estão aqueles relacionados à economia brasileira ou internacional, taxas de juros, câmbio ou "quaisquer outros que possam influenciar ou serem influenciados por decisões do Copom".
Em nota, o BC afirmou que a divulgação dessas orientações, acordadas no início de setembro durante reunião da diretoria colegiada, se insere nos seus esforços de comunicação com a sociedade.
Caso haja necessidade de romper com o silêncio do Copom, o BC informou que seu presidente poderá realizar declarações públicas buscando dar máxima publicidade ao conteúdo abordado. O BC disse ainda que o período de silêncio não deve prejudicar participação dos membros do Copom em reuniões de outros grupos ou organismos.
A próxima reunião Copom, a última do ano, ocorrerá em 29 e 30 de novembro.
(Por Marcela Ayres)