BRUXELAS (Reuters) - O crescimento da zona do euro ficará contido no médio prazo e o Banco Central Europeu (BCE) pode ter que prorrogar seu programa de impressão de dinheiro por mais tempo do que planejado, disse o Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta segunda-feira.
Em seu relatório anual sobre a região, o FMI disse que a recuperação da zona do euro está se fortalecendo devido aos preços mais baixos do petróleo, ao euro mais fraco e a medidas do banco central, mas que as perspectivas do médio prazo mostram um crescimento potencial médio de apenas 1 por cento.
O vice-diretor do departamento europeu do FMI, Mahmood Pradhan, disse que o BCE precisa realizar por completo seu programa de estímulos --conhecido como "quantitative easing"-- projetado para comprar cerca de 1 trilhão de euros em bônus soberanos e outros ativos.
"O ponto importante é que o BCE tem intenção de manter o curso até setembro de 2016 e isso, acreditamos, será necessário. Pode precisar ir além (dessa data)", disse ele.
Em seu relatório, o FMI informou que o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro deve acelerar para 1,7 por cento no ano que vem, ante 1,5 por cento em 2015, com a inflação alcançando 1,1 por cento ante zero, reflexo de um déficit ainda grande na produção.
(Por Philip Blenkinsop)