Na terça-feira, o presidente Joe Biden anunciou a finalização de uma nova regra que determina a substituição de quase todas as tubulações de chumbo nos Estados Unidos na próxima década. Esta medida significativa visa abordar um problema crítico de saúde pública que afeta desproporcionalmente crianças e bebês, além de enfrentar disparidades ambientais e raciais destacadas por recentes incidentes de contaminação da água em cidades como Newark, New Jersey, e Flint, Michigan.
Durante um discurso em Milwaukee, o presidente Biden enfatizou a urgência de abordar o problema das tubulações de chumbo, afirmando que, embora os perigos sejam conhecidos há muito tempo, a questão não havia recebido a atenção nacional necessária até agora. "Estou aqui hoje para dizer que finalmente insisti que isso fosse priorizado e estou insistindo para que seja feito", comentou Biden.
A regra, inicialmente proposta pela U.S. Environmental Protection Agency em 2023, substitui um padrão anterior menos rigoroso da administração Trump. Ela impõe os limites mais estritos de chumbo na água potável desde que os padrões federais foram estabelecidos pela primeira vez e obriga as concessionárias a inspecionar seus sistemas e realizar substituições ao longo da próxima década.
A vice-presidente Kamala Harris, que está na corrida presidencial deste novembro, também tem sido defensora da remoção das tubulações de chumbo. Esta questão é particularmente importante para comunidades carentes, que historicamente foram mais afetadas pela contaminação por chumbo.
Apesar da aparente popularidade da regra, especialmente em estados industriais importantes do Meio-Oeste, ela não ficou isenta de críticas. Quinze procuradores-gerais republicanos, liderados por Kris Kobach do Kansas, expressaram preocupações sobre o ônus financeiro que os proprietários de imóveis podem enfrentar se forem obrigados a substituir seções de tubulação em suas propriedades.
A EPA estima que a implementação deste padrão mais rigoroso possa evitar que até 900.000 bebês nasçam com baixo peso e pode ajudar a evitar até 1.500 mortes prematuras anualmente por doenças cardíacas. Essas projeções destacam os potenciais benefícios para a saúde da redução da exposição ao chumbo, que pode levar a danos irreversíveis ao sistema nervoso e ao cérebro.
O impulso para substituir as tubulações de chumbo é apoiado pela Lei de Infraestrutura bipartidária de 2021, que alocou 50 bilhões de dólares para melhorias na infraestrutura de água potável e águas residuais do país. Desse financiamento, 15 bilhões de dólares são dedicados ao longo de cinco anos especificamente para a substituição de linhas de serviço de chumbo, fornecendo uma base financeira para este ambicioso plano de 10 anos.
A Reuters contribuiu para este artigo.
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