Rio de Janeiro, 31 jan (EFE).- A siderúrgica Usiminas anunciou nesta segunda-feira que venderá em uma oferta pública na Bolsa de Nova York sua participação de 14,25% no capital da Ternium, grupo siderúrgico com fábricas no México e Argentina controlado pela empresa argentina Techint.
A companhia, em comunicado enviado à Bolsa de Valores de São Paulo, informou igualmente que chegou a um acordo para vender por US$ 250 milhões parte dessas ações a Ternium e a Techint.
O resto das ações será colocado no mercado americano em uma oferta pública de Recibos de Ações (ADS) que será realizada em forma simultânea. Cada ADS de propriedade de Usiminas equivale a 10 ações ordinárias de Ternium.
Segundo o comunicado ao mercado brasileiro, o pedido de registro de oferta foi formalizado nesta segunda-feira perante a comissão de valores dos Estados Unidos.
O grupo siderúrgico Ternium, que tem sua sede em Luxemburgo apesar ser controlado por Techint, produz aços planos e longos mediante suas três controladoras: as siderúrgicas mexicanas Hylsa e Imsa e a argentina Siderar.
Ternium tem uma capacidade de produção anual de 10,8 milhões de toneladas, o que a torna uma dos líderes do setor na América Latina.
Usiminas, um dos maiores fabricantes de aços planos do Brasil, tinha adquirido 14,25% das ações do grupo siderúrgico em 2005 como parte de um projeto para a internacionalização da empresa que nunca avançou.
A siderúrgica brasileira já tinha anunciado em maio do ano passado sua intenção de desfazer-se das ações e na época a operação foi calculada pelo mercado em cerca de US$ 1 bilhão.
Segundo a empresa brasileira, a venda das ações da Ternium da Usiminas Europa, uma subsidiária da empresa com sede na Dinamarca, foi aprovada nesta segunda-feira pelo Conselho de Administração da Usiminas.
A distribuição só não vai considerar o número de ações que a Techint e a Ternium se comprometeram a adquirir (US$ 100 milhões e US$ 150 milhões, respectivamente) da Usiminas Europa pelo mesmo preço por ação da oferta.
O acordo entre as três companhias comprometeu a Ternium a adquirir US$ 100 milhões nas ações dessa empresa em poder da Usiminas e da Techint a ficar com outros US$ 150 milhões. EFE