WASHINGTON (Reuters) - O candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos Ben Carson disse neste domingo que muçulmanos não são aptos a serem presidente dos EUA, argumentando que sua fé é inconsistente com princípios norte-americanos.
"Eu não defenderia que colocássemos um muçulmano no comando desta nação. Eu absolutamente não concordaria com isso", disse Carson em programa da rede de televisão NBC.
As declarações de Carson, que está perto do topo das pesquisas de opinião no sobrecarregado campo de candidatos republicanos, vem após a controvérsia que explodiu quando o primeiro colocado Donald Trump recusou-se a desafiar declarações antimuçulmanas feitas por um apoiador na sexta-feira.
Carson, um cristão que diz ter adquirido da Bíblia as principais ideias de suas propostas tributárias, disse acreditar que a fé de um presidente dos EUA deveria ser "consistente com a Constituição".
Questionado se ele avaliava que o Islã cumpre essa condição, o neurocirurgião respondeu: "Não, não acho".
O maior grupo de direitos civis muçulmanos condenou Carson por essa declaração, que, segundo o grupo, deveria desqualificá-lo da disputa presidencial porque a Constituição dos EUA proíbe testes religiosos para cargos públicos.