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Investing.com - As taxas de hipotecas residenciais não devem cair "naturalmente" muito, já que o ciclo de flexibilização retomado pelo Federal Reserve provavelmente não reduzirá drasticamente os rendimentos dos títulos do governo americano de 10 anos, segundo analistas da Wolfe Research.
Em uma nota, os estrategistas destacaram que, nesse contexto, tem havido "especulação cada vez mais intensa" sobre medidas que o Fed ou empresas patrocinadas pelo governo, como Fannie Mae ou Freddie Mac, poderiam tomar para reduzir os spreads das hipotecas, inclusive possivelmente aumentando suas participações em títulos lastreados em hipotecas (MBS).
Os analistas da Wolfe previram que o Fed provavelmente optaria por não reduzir em breve a redução contínua de MBS de seu balanço, pois isso "seria contrário" ao objetivo do presidente do Fed, Jerome Powell, de normalizar a liquidez do mercado financeiro. Desde 2022, o Fed vem reduzindo o tamanho de suas participações após mais que dobrar seu balanço para aproximadamente US$ 9 trilhões durante a pandemia de COVID-19.
"Isso deixa as [empresas patrocinadas pelo governo] como a rota mais realista para a Administração [Trump] intervir nos mercados hipotecários", escreveram os analistas da Wolfe liderados por Tobin Marcus.
Eles argumentaram que a Casa Branca tem autoridade legal para um grande programa de compras de MBS por meio de GSEs como Fannie e Freddie, observando que as entidades poderiam absorver bem mais de US$ 1 trilhão em títulos se o governo removesse os limites preexistentes em suas carteiras retidas.
Embora os analistas tenham alertado que não receberam "qualquer indicação direta de fontes" em Washington de que esse tipo de programa esteja a caminho, "é plausível que a Administração possa seguir esse caminho em um esforço para enfrentar a acessibilidade habitacional".
Uma intervenção importante poderia reduzir os spreads das hipotecas - ou a diferença entre uma taxa de hipoteca e uma taxa de referência - em aproximadamente 50 pontos base, acrescentaram.
"Isso seria um impulso para o setor imobiliário, mas entre questões sobre o impacto das compras de MBS pelas GSEs e nossa expectativa de que os rendimentos de 10 anos permanecerão limitados, não apostaríamos que isso seria um divisor de águas", disseram os analistas.