Nas recentes eleições municipais do Brasil, os partidos centristas e de centro-direita fizeram avanços significativos, conquistando numerosos cargos de prefeito e fortalecendo sua presença nas câmaras municipais em todo o país. Os resultados da votação de domingo indicam uma mudança conservadora entre os eleitores brasileiros, com o Partido dos Trabalhadores, atual incumbente, perdendo sua influência anterior.
Em São Paulo, a maior cidade da América Latina, uma disputa acirrada levou a um segundo turno marcado para 27.10.2023, onde o conservador incumbente Ricardo Nunes competirá contra o esquerdista Guilherme Boulos. A votação do primeiro turno eliminou por pouco o influenciador digital de extrema-direita Pablo Marçal.
Candidatos ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro, conhecido por sua postura de direita radical, superaram aqueles alinhados com o atual presidente de esquerda Luiz Inácio Lula da Silva. O Partido Liberal de Bolsonaro comemorou vitórias em duas capitais estaduais e avançou para o segundo turno em nove cidades adicionais.
O "Centrão" brasileiro, uma coalizão de partidos de centro e centro-direita, alcançou o maior número de vitórias para prefeito. Esses partidos, frequentemente associados a políticos pragmáticos como o presidente da Câmara Arthur Lira, têm sido influentes na formação da política brasileira, especialmente em meio aos escândalos de corrupção e desafios econômicos da última década.
Em metade das capitais estaduais, prefeitos incumbentes garantiram suas posições no primeiro turno da votação, reforçando a presença de partidos mais conservadores. A disputa pela prefeitura de São Paulo foi particularmente acirrada, com um debate escalando para confronto físico.
O forte desempenho do candidato outsider Marçal indica um sentimento anti-establishment persistente que pode influenciar a corrida presidencial de 2026.
Espera-se que o presidente Lula, agora em seu terceiro mandato não consecutivo e enfrentando popularidade em declínio, busque a reeleição. Em contraste, Bolsonaro foi impedido de concorrer a cargos eletivos até 2030 devido às suas críticas infundadas ao sistema de votação do Brasil durante sua presidência.
As eleições locais são vistas como precursoras das corridas congressuais e presidenciais nacionais, com campanhas frequentemente focadas em questões locais e personalidades dos candidatos.
Figuras políticas regionais como o governador do Pará, Helder Barbalho, o presidente da Câmara, Lira, ACM Neto da Bahia e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, ganharam capital político com essas eleições.
Freitas, em particular, é visto como um provável sucessor do legado de direita de Bolsonaro e um potencial candidato presidencial, embora se espere que concorra à reeleição como governador em 2026.
A Reuters contribuiu para esta reportagem.
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