Santiago (Chile), 11 abr (EFE).- A Cepal manteve em 2,2% a previsão de crescimento para as economias da América Latina e do Caribe em 2018 e destacou que existe um contexto internacional mais propício que em anos anteriores, mas ainda com "grandes incertezas".
A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) explicou em comunicado que a projeção não sofreu mudanças a respeito do último relatório, entregue em dezembro do ano passado.
Os países que mais crescerão neste ano são Antígua e Barbuda (5,8%), Panamá (5,6%), Nicarágua (5,0%) e República Dominicana (5,0%), enquanto os únicos que terão recessão são Venezuela (-8,5%) e Dominica (-5,0%), detalhou o organização das Nações Unidas.
A América do Sul terá um crescimento econômico de 2,0%, levemente abaixo da média regional, devido aos números negativos da Venezuela.
O restante dos países, segundo a Cepal, registrará aumentos do Produto Interno Bruto (PIB). Bolívia e Paraguai crescerão 4,0%, o Peru 3,5%, o Chile 3,3%, o Uruguai 3,0%, a Colômbia 2,6%, a Argentina 2,5%, o Brasil 2,2% e o Equador 2,0%.
América Central e México crescerão no seu conjunto 2,6%, liderados por Panamá, Nicarágua e República Dominicana. Também terão números positivos Honduras (4,1%), Costa Rica (3,4%), Guatemala (3,3%), El Salvador (2,4%), México (2,3%), Haiti (2,0%) e Cuba (1,6%).
O Caribe crescerá 1,4%. Os bons números de Antígua e Barbuda contrastarão com a recessão em Dominica. Também registrarão crescimento econômico São Cristóvão e Nevis (4,5%), Santa Lúcia (3,6%) e Guiana (3,5%).
Segundo a Cepal, os fatores que provocam maior incerteza às suas previsões econômicas são as "tendências protecionistas, a dinâmica financeira e os riscos geopolíticos".
Também se espera em 2018 uma maior contribuição do investimento em comparação com os últimos anos, embora seguirá sendo baixo, segundo detalhou a Cepal.