BADEN BADEN, Alemanha (Reuters) - Houve um amplo consenso entre os chefes financeiros do G20 que o comércio aberto é chave para o fortalecimento da resistência econômica, disse o ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schaeuble, neste sábado.
Alguns membros do grupo, como a França, se disseram frustrados pela ausência de uma rejeição ao protecionismo no comunicado final do encontro do G20.
"Estamos todos convencidos que o comércio mundial leva ao crescimento global", disse Schaeuble em entrevista coletiva após o encerramento da reunião de dois dias entre ministros das Finanças e chefes de bancos centrais das principais economias do mundo na cidade alemã de Baden Baden.
Indagado por que uma rejeição clara ao protecionismo não entrou no comunicado final, Schaeuble disse: "Não é que não estejamos unidos. Não houve disputa ao fato de que somos contra o protecionismo. Mas não está claro o que (o protecionismo) significa para cada ministro".
Ele disse que em alguns países a responsabilidade de negociar políticas comerciais não é do ministro das Finanças, então algumas delegações não têm mandato para chegar a compromissos sobre o comércio.
Na Alemanha o Ministério da Economia é encarregado do comércio.
Os chefes financeiros do G20 prometeram resistiram a todas as formas de protecionismo em sua última reunião no ano passado na China.
O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirma que quer tornar as regras de comércio internacional mais justas, o que gerou preocupações em nações exportadoras, como a Alemanha.
(Reportagem de Joseph Nasr e Michael Nienaber)