PEQUIM (Reuters) - O Parlamento chinês votará em março uma nova lei de investimento estrangeiro que vai proibir a transferência forçada de tecnologia e a "interferência" ilegal do governo em práticas de negócios estrangeiros, informou a agência de notícias Xinhua News nesta quarta-feira.
O cronograma sugere que a lei deve ser formalmente aprovada pela maioria dos parlamentares, acelerando um processo que normalmente levaria um ano ou mais, à medida que Pequim se apressa para cumprir as demandas de Washington para encerrar a guerra comercial entre os dois países.
A sessão anual completa do parlamento, que será aberta em 5 de março, tende apenas a aprovar leis marcantes, com o restante das leis sendo aprovadas por sua comissão permanente.
É improvável que o Parlamento rejeite a lei, já que seus delegados são escolhidos por sua lealdade ao Partido Comunista e sua agenda.
O governo Trump acusou Pequim de roubo de propriedade intelectual e transferência forçada de tecnologia, exigindo mudanças e ameaçando novas tarifas desde que as disputas comerciais tiveram início no ano passado. A China repetidamente refutou tais acusações.
Os dois lados realizarão dois dias de negociações em Washington, começando nesta quarta-feira, as primeiras conversas de mais alto nível desde que o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente chinês, Xi Jinping, concordaram a uma trégua de 90 dias em sua guerra comercial em dezembro.
(Por Yawen Chen e Ryan Woo; reportagem adicional de Ben Blanchard)
(Tradução Redação São Paulo 55 11 56447732))
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