FRANKFURT/XANGAI, 25 Ago (Reuters) - A China disse a três fornecedores alemães de autopeças que não podem mais administrar suas unidades chinesas independentemente e precisam formar parcerias com negócios locais, segundo o presidente-executivo da fabricante de autopeças ElringKlinger disse ao jornal alemão Stuttgarter Zeitung.
Tal decisão, se fundamentada, se encaixaria com uma posição cada vez mais dura adotada pelo regulador de competição da China, a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, perante a indústria automotiva estrangeira.
A comissão começou recentemente a investigar montadoras estrangeiras após reclamações de que elas estariam cobrando preços abusivos de consumidores chineses.
"O Estado chinês disse a diversas fornecedoras (de carros alemães) que não podem mais operar suas subsidiárias chinesas sozinhas, mas sim apenas como parte de uma joint venture no futuro", disse Stefan Wolf segundo o jornal.
Ele disse conhecer três companhias que agora precisam procurar um parceiro na China, sem especificar quais. Ele disse ainda que a ElringKlinger não foi afetada por enquanto.
"Se isso acontecer, seria um ataque contra a propriedade intelectual. Cinquenta por cento da companhia está sendo levada embora -- isso, efetivamente, é expropriação", disse Wolf.
"Acredito que esta é uma tentativa de recuperar o atraso em know-how e inovação", disse ele ao jornal.
(Por Christoph Steitz, Edward Taylor, Andreas Cremer e Samuel Shen)