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China e França concordam em expandir comércio e UE levanta "questões difíceis"

Publicado 25.06.2018, 12:44
© Reuters. Primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, e primeiro-ministro francês, Édouard Philippe, durante reunião em Pequim

(Reuters) - A China anunciou nesta segunda-feira que comprará mais aviões e produtos agrícolas da França e trabalhará em questões de acesso a mercados, reforçando seus laços comerciais com a Europa, enquanto enfrenta a ameaça de guerra tarifária com os Estados Unidos.

O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, disse ao primeiro-ministro francês, Edouard Philippe, que a China planeja comprar mais aviões este ano e está pronta para mais diálogos com a França sobre a compra de aeronaves da Airbus.

"Expliquei ao senhor primeiro-ministro que nos últimos anos compramos muitos aviões de passageiros, e é preciso que haja um período para digerir isso", disse Li em entrevista coletiva. "Apesar disso, ainda estamos dispostos a fortalecer a cooperação com a Airbus da França."

A China adotou agora tom muito diferente do que o que usou com os Estados Unidos, tendo advertido que a Boeing poderia se tornar vítima se as duas maiores economias do mundo não conseguissem evitar uma guerra comercial.

Tanto a China quanto a União Europeia (UE) estão presas em suas próprias disputas comerciais com os Estados Unidos, e a China tem buscado um terreno comum com a UE para se opor ao que Pequim vê como protecionismo norte-americano.

"Acreditamos que os atritos e disputas relevantes podem ser resolvidos por meio de negociações. Não há vencedores de uma guerra comercial", disse Li.

"Todos os lados devem se unir para expandir o crescimento e não se engajar em colocar barreiras comerciais ou protecionismo. Isso não é bom para ninguém", disse ele.

No final desta semana, espera-se que o governo Trump revele novas medidas para conter as empresas chinesas que compram participações em empresas norte-americanas.

O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos está esboçando restrições que impedirão empresas com ao menos 25 por cento de propriedade chinesa de comprarem companhias norte-americanas com "tecnologia industrial significativa", afirmou no domingo uma autoridade dos EUA com conhecimento do assunto.

Washington se queixou de que a China está apropriando indevidamente a tecnologia dos EUA por meio de regras de joint venture e outras políticas, e já anunciou tarifas sobre 34 bilhões de dólares em mercadorias chinesas, o primeiro de um total potencial de 450 bilhões de dólares. As novas tarifas deverão entrar em vigor em 6 de julho.

Uma autoridade da UE, no entanto, deixou claro que a Europa não está totalmente na mesma página que a China.

A UE e a China discutiram "questões difíceis" como subsídios estatais, transferência forçada de tecnologia e questões de segurança cibernética durante as negociações, disse o vice-presidente da Comissão Europeia, Jyrki Katainen, em entrevista coletiva após o diálogo entre a China e a UE em Pequim.

Katainen disse que a China e a UE precisam trabalhar juntas para enfrentar o excesso de capacidade em setores como o aço e o alumínio, identificando especificamente as indústrias que Trump inicialmente mirou quando iniciou uma guerra tarifária.

© Reuters. Primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, e primeiro-ministro francês, Édouard Philippe, durante reunião em Pequim

Ele também pediu que a China evite o excesso de capacidade em outras indústrias, incluindo os setores de alta tecnologia cobertos pela estratégia "Made in China 2025".

O plano "Made in China 2025" visa melhorar as capacidades da China em tecnologia da informação avançada, aeroespacial, engenharia naval, produtos farmacêuticos, veículos de energia avançada, robótica e outras indústrias de alta tecnologia.

(Por Kevin Yao e Ben Blanchard)

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