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China enfrenta pressão deflacionária crescente à medida que a inflação esfria

EdiçãoAhmed Abdulazez Abdulkadir
Publicado 13.10.2024, 07:57
© Reuters.

A inflação ao consumidor na China esfriou inesperadamente em setembro, com o índice de preços ao consumidor (IPC) subindo apenas 0,4% em relação ao ano anterior, uma desaceleração em comparação com o aumento de 0,6% em agosto, de acordo com dados do Departamento Nacional de Estatísticas (DNE). O aumento ficou abaixo da previsão de 0,6% dos economistas. Simultaneamente, a deflação dos preços ao produtor piorou, com o índice de preços ao produtor (IPP) caindo 2,8% em relação ao ano anterior, a queda mais acentuada em seis meses e superior à diminuição prevista de 2,5%.

O Ministro das Finanças, Lan Foan, durante uma coletiva de imprensa no sábado, indicou que a China implementará mais "medidas anticíclicas" este ano. No entanto, detalhes sobre a escala do estímulo fiscal previsto não foram divulgados. Espera-se que essas medidas aliviem as pressões deflacionárias na segunda maior economia do mundo.

O banco central da China introduziu recentemente medidas significativas de apoio monetário, as mais agressivas desde a pandemia de COVID-19, para estimular a demanda e fortalecer a economia. Os esforços incluem várias etapas para ajudar o setor imobiliário em dificuldades e incluem reduções nas taxas de hipoteca. Essas ações visam ajudar a China a atingir sua meta de crescimento econômico de cerca de 5,0% para o ano, embora alguns analistas acreditem que o alívio proporcionado por essas medidas possa ser temporário, e intervenções mais fortes possam ser necessárias em breve.

A reunião do parlamento da China, esperada para as próximas semanas, é agora antecipada por alguns analistas para apresentar propostas mais específicas de estímulo econômico.

Apesar desses esforços, muitos observadores argumentam que Pequim também deve enfrentar questões estruturais mais enraizadas, como excesso de capacidade e consumo lento. O investimento doméstico excessivo e a demanda fraca levaram a reduções de preços, levando as empresas a cortar custos reduzindo salários ou demitindo trabalhadores.

Em setembro, os preços dos alimentos aumentaram 3,3% em relação ao ano anterior, um leve aumento em relação à alta de 2,8% em agosto. Em contraste, os preços de itens não alimentícios caíram 0,2%, revertendo o aumento de 0,2% visto no mês anterior. Entre os itens não alimentícios, os preços de energia continuaram a cair, e os preços do turismo diminuíram, com o DNE observando quedas mais amplas nos preços de passagens aéreas e acomodações em hotéis.

A inflação subjacente, que exclui os setores voláteis de alimentos e combustíveis, ficou em meros 0,1% em setembro, abaixo dos 0,3% em agosto, sinalizando ainda mais as crescentes pressões deflacionárias dentro da economia chinesa.

A Reuters contribuiu para este artigo.

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