Em um esforço para atrair mais investimentos estrangeiros e estimular sua economia, a China anunciou hoje que permitirá o estabelecimento de hospitais totalmente de propriedade estrangeira em nove áreas específicas, incluindo sua capital. Esta medida faz parte de um projeto piloto decorrente dos compromissos assumidos pelo Comitê Central do Partido Comunista, presidido por Xi Jinping, em sua sessão plenária de julho.
As regiões selecionadas para esta iniciativa são Beijing, Tianjin, Shanghai, Nanjing, Suzhou, Fuzhou, Guangzhou, Shenzhen e Hainan. Estas áreas são conhecidas por sua relativa riqueza e estão localizadas nas partes leste ou sul da China. A nova política, no entanto, não se aplicará a hospitais que praticam medicina tradicional chinesa nem incluirá fusões e aquisições de hospitais públicos.
O documento da política, publicado no site oficial do Ministério do Comércio da China, delineia a intenção de expandir a abertura no campo médico. Visa promover o desenvolvimento de alta qualidade nos setores relacionados à medicina na China e atender melhor às necessidades de saúde de seus cidadãos. Detalhes sobre as condições, requisitos e procedimentos para o estabelecimento de hospitais de propriedade estrangeira serão divulgados em breve.
Além disso, a política permitirá que empresas com investidores estrangeiros participem do desenvolvimento e aplicação de tecnologias de genes e células-tronco humanas, especificamente para fins de tratamento e diagnóstico, dentro das zonas de livre comércio piloto de Beijing, Shanghai, Guangdong e Hainan. Isso inclui o registro, comercialização e produção de produtos que podem ser distribuídos em todo o país.
Esta flexibilização das restrições ao investimento estrangeiro nos setores de saúde e biotecnologia ocorre em um momento em que a China, a segunda maior economia do mundo, enfrenta vários desafios, incluindo um declínio no sentimento dos negócios estrangeiros que está impactando o crescimento econômico.
Reuters contribuiu para este artigo.
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