PEQUIM (Reuters) - A maioria das cidades chinesas afrouxou restrições sobre compras de casas, e mais medidas são esperadas para conter a queda nos preços dos imóveis, em um esforço dos governos locais para apoiar um dos principais pilares da economia.
Nanquim, cidade da província de Jiangsu, leste do país, aboliu no domingo as restrições que limitavam o número de casas que residentes podem comprar, disse o governo local por meio de seu site.
Isso significa que 40 de 46 governos regionais que impuseram limites sobre compras de casas afrouxaram suas restrições neste ano, aumentando o apoio para retomar a atividade do fraco mercado imobiliário, o qual, segundo muitos analistas, representa um grande risco para a economia da China.
As cidades restantes que não cederam são as maiores -Pequim, Xangai, Shenzhen, Guangzhou, Zhuhai e Sanya- onde os preços ainda apresentam altas recordes.
Analistas dizem que grandes cidades devem continuar a manter seus limites sobre o número de casas que os residentes podem comprar, ao passo que cidades menores aumentariam o apoio ao setor nos próximos meses.
"Para o próximo passo, consideramos que os governos locais afrouxarão medidas financeiras, incluindo os níveis de pagamentos iniciais e taxas de juros para hipotecas", disse Chen Cong, um analista imobiliário na CITIC Securities, em uma nota a clientes.
É exigido que compradores chineses dêem um mínimo de 30 por cento de entrada na compra de sua primeira casa, e entre 60 e 70 por cento para a segunda. Taxas de hipotecas estão fixas em 1,1 vez sobre a taxa referencial do banco central.
Já há sinais de regras mais simples de financiamento.
A agência oficial de notícias Xinhua disse nesta segunda-feira que a província de Jiangxi, leste do país, havia cortado sua taxa sobre transações imobiliárias pela primeira vez.
Dados oficiais mostraram que os preços das casas na China caíram em agosto pelo quarto mês seguido, em meio a um amplo recuo de preços em um número recorde de cidades.
A desaceleração no mercado imobiliário e o aumento da divergência entre as economias locais em diferentes cidades levaram Pequim a dar aos governos regionais mais espaço para ajustarem suas restrições às necessidades locais neste ano.
(Por Xiaoyi Shao e Koh Gui Qing)